HOMENAGEM
AO MALANDRO – EMÍLIO SANTIAGO
Eu fui fazer um samba em
homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem não
existe mais
Agora já não é normal
Porque dá de malandro
Regular profissional
Malandro com o aparato de malandro
oficial
Malandro candidato a malandro
federal
Malandro com retrato na coluna
social
Malandro com contrato
Com gravata e capital
Que nunca se dá mal
Mas o malandro para valer, não
espalha,
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até
trabalha
Mora lá longe, chacoalha, no trem
da central.
Agora já não é normal
Porque dá de malandro
Regular profissional
Malandro com o aparato de malandro
oficial
Malandro candidato a malandro
federal
Malandro com retrato na coluna
social
Malandro com contrato
Com gravata e capital
Que nunca se dá mal
Mas o malandro para valer, não
espalha,
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até
trabalha
Mora lá longe, chacoalha, no trem
da central.
Segura malandro!
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