CHICO REI –
MARTINHO DA VILA
2002 - Martinho da Vila - Voz e Coração
(Binha / Djalma Sabiá / Geraldo Babão)
Vivia no litoral africano
Uma régia tribo
Ordeira
Cujo rei era símbolo
De uma terra laboriosa e hospitaleira
Um dia
Essa tranquilidade sucumbiu
Quando os portugueses invadiram
Capturando homens
Para fazê-los escravos no Brasil
Na viagem agonizante
Houve gritos alucinantes
Lamentos de dor
Ô, ô, ô
Adeus, Baobá,
Ô, ô
Ô, ô, ô
Adeus, meu Bengo,
Eu já vou
Ao longe
Minas jamais ouvia
Quando o rei mais confiante
Jurou à sua gente
Que um dia os libertaria
Chegando ao Rio de Janeiro
No mercado de escravos
Um rico fidalgo os comprou
E para Vila Rica
Os levou
Chegando ao Rio de Janeiro
No mercado de escravos
Um rico fidalgo os comprou
Para Vila Rica
Os levou
A ideia do rei foi genial
Esconder o pó de ouro entre os cabelos
Assim fez seu pessoal
Todas as noites quando das minas regressavam
Iam à igreja e suas cabeças banhavam
Era o ouro depositado na pia
E guardado em outro lugar com garantia
Até
Completar a importância
Para comprar
Suas alforrias
Foram libertos
Cada um
Por sua vez
E assim
Foi
Que o rei
Sob o sol da liberdade trabalhou
E um pouco de terra ele comprou
Descobrindo ouro enriqueceu
Escolheu o nome de Francisco e ao catolicismo
Se converteram
No ponto mais alto da cidade, Chico Rei
Com seu espírito de luz
Mandou construir uma igreja
E a denominou
Santa Efigênia do Alto da Cruz
Santa Efigênia do Alto da Cruz
Santa Efigênia do Alto da Cruz
Santa Efigênia do Alto da Cruz
Santa Efigênia do Alto da Cruz
Santa Efigênia
Do Alto da Cruz
Santa Efigênia
Do Alto da Cruz
Santa Efigênia
Do Alto da Cruz
Chico Rei
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