Resumo dos samba-rock

sábado, 29 de março de 2014

POUT-POURRI - CHICA DA SILVA / RIO GRANDE DO SUL NA FESTA DO PRETO FORRO / ILU AYÊ - MARTINHO DA VILA

POUT-POURRI - CHICA DA SILVA / RIO GRANDE DO SUL NA FESTA DO PRETO FORRO / ILU AYÊ - MARTINHO DA VILA
1988 - Martinho da Vila - Festa da raça
(Anescar  do Salgueiro / Noel Rosa de Oliveira / Dario Marciano / Nilo Mendes / Cabana / Norival Reis)

Apesar
De não possuir grande beleza
Chica da Silva
Surgiu no seio
Da mais alta nobreza
O contratador
João Fernandes de Oliveira
A comprou
Para ser a sua companheira
E a mulata que era escrava sentiu
Forte transformação
Trocando o gemido da senzala
Pela fidalguia do salão
Com a influência e o poder do seu amor
Que superou
A barreira da cor
Francisca da Silva
Do cativeiro zombou
Ô, ô, ô!
Ô, ô!
Ô, ô!
Ô, ô, ô!
Ô, ô!
Ô, ô!
No
Arraial do Tijuco
No estado de Minas
Hoje lendária cidade
Seu lindo nome é Diamantina
Onde viveu a Chica que manda
Deslumbrando a
Sociedade
Com orgulho e o capricho
Da mulata
Importante majestosa
Invejada
Para que a vida lhe tornasse mais bela
João Fernandes de Oliveira
Mandou construir
Um vasto lago e uma belíssima galera
E uma riquíssima liteira
Para conduzi-la
Quando ia assistir à missa na capela
Ô, ô, ô!
Ô, ô, ô!
Ô, ô!
Ô, ô!
Falou, Salgueiro!
Ô, ô, ô!
Ô, ô!
Ô, ô!
O negro na senzala cruciante
Olhando o céu
Benzia a todo instante
Em seu canto e lamento de saudade
Apenas uma coisa
Liberdade
Em seu canto e lamento de saudade
Apenas uma coisa
Liberdade
Na região denominada Preto Forro
Lá na serra do Mateus
Na Boca do Mato
Todo negro dono da sua liberdade
Na maior felicidade
Se dirigia para lá
Reunidos
Davam início à festança
Com pandeiros, tamborins, xexeréus e ganzás
Oeô!
Oeá!
Saravá meu povo e salve todos Orixás
Oeô!
Oeá!
Saravá meu povo e salve todos Orixás
São Carlos!
Sob o clarão da lua
E o foco do lampião
A capoeira era jogada
Sempre ao som de um refrão
Você me chamou de moleque
Moleque é tu
Você me chamou de moleque
Moleque é tu
Você me chamou de moleque
Moleque é tu
Você me chamou de moleque
Moleque é tu
Ilu ayê
Ilu ayê, ilu ayê, odara
Negro cantava na nação
Nagô
Ilu ayê
Ilu ayê, ilu ayê, odara
Negro cantava na nação
Nagô
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu Ayê
Tempo passou
Ô, ô !
E no terreirão da casa grande
Negro diz tudo
Que pode dizer
É samba, é batuque, é reza
É dança, é ladainha
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha
É samba, é batuque, é reza
É dança, é ladainha
Negro joga capoeira e faz louvação à rainha
Hoje
Negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo
Desfilando na avenida
Negro é
Sensacional
É toda festa do povo é dono do Carnaval
Negro é
Sensacional
É toda festa do povo é dono do Carnaval
É toda festa do povo é dono do Carnaval
Portela é de verdade!


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