POT-POURRI:
BOA NOITE / CARNAVAL DE ILUSÕES / CARAMBA - MARTINHO DA VILA
1969 - Martinho da Vila -
Martinho da Vila
(Martinho da Vila / Gemeu)
Todo mundo pensa que eu sou
baiano
Mas eu nasci no carnaval de 38 em
Duas Barras, Estado do Rio
Fui criado na serra dos Pretos Forros
No morro meio alumiado
Que a Eliana de Lima cantou um
lindo samba do João Laurindo
Não é Romeu?!
A serra fica lá na boca do mato
Meu primeiro reduto de samba
O bairro que ficou famoso por
causa do velho casarão da tia Zulmira
Muito falado pelo ponte preta
Pra ser o Martinho da Vila
Eu tive que fazer um samba
Boa noite Vila Isabel
Quero brincar o carnaval
Na terra de Noel
Boa noite
Diretor de bateria
Quero contar
Com a sua marcação
Boa noite
Sambistas e compositores
Presidentes, diretores,
Pra vila eu trago
Toda minha inspiração
Quero acertar com o diretor de
harmonia
E as pastoras
O tom da minha melodia
Ah, ah, ah, ah!
Ah, ah, ah!
Oh, oh, oh, oh!
Oh, oh, oh!
Ô, ô, ô, ô!
Ô, ô, ô!
Lararararará!
Larará!
Em sessenta e sete a vila chegou
na cidade do enredo genial
Gabriel e Dario bolaram um
carnaval de ilusões sonhado por uma criança
Ciranda cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Ciranda cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Fantasia
Deusa dos sonhos esteja presente
Nos devaneios de um inocente
Ó soberana das fascinações
Põe os seres do teu reino
encantado
Desfilando para o povo
deslumbrado
Num carnaval de ilusões
Na doce pausa dos folguedos
infantis
Repousam a bola e a bonequinha
querida
No turbilhão do carrossel da
alegre vida
Morfeu embala a criança tão feliz
Que num sonho encantador
Viaja ao mundo da fabulação
Terra da riqueza
E do fulgor
De tanta beleza
E do esplendor
Terra da riqueza
E do fulgor
De tanta beleza
E do esplendor
Guiadas pela fada ilusão
Se juntam lendárias figuras
Personagens de leituras
Revividos na memória
Que ajusta ao imperfeito
A perfeição dos conceitos
De deleitosas histórias
Riqueza
E do fulgor
De tanta beleza
E do esplendor
Guiadas pela fada ilusão
Se juntam lendárias figuras
Personagens de leituras
Revividos na memória
Que ajusta ao imperfeito
A perfeição dos conceitos
De deleitosas histórias
Neste clima extasiante
O cortejo deslumbrante
Tudo envolve
Ao despertar
E ao mundo da verdade
Sem saber a realidade
Retorna o petiz a cantar
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
Botar música nessa poesia do
Gemeu não foi mole não
E os críticos meteram o pau no
novo estilo de samba-enredo
E a vila perdeu o carnaval
O meu amigo Chico Buarque de
Holanda dormiu
O resto da comissão...
Não entendeu nada
No dia do resultado eu fiz o meu
primeiro samba de protesto
Fala, fala falador
Não lhe dou bola
Porque eu
Sou bamba
Malha, malha malhador
Que não aceita a evolução do
samba
A minha vila deslumbrou
Naquela manhã de carnaval
Todo povo incentivou
A ciranda cirandinha
No desfile principal
Minha vila deslumbrou
A minha vila deslumbrou
Naquela manhã de carnaval
Todo povo incentivou
A ciranda cirandinha
No desfile principal
Só
Da comissão
Não viu cadência
Numa grande bateria
Nem se comoveu
Com a beleza do desfile-fantasia
Caramba
Caramba
Nem o Chico entendeu
O enredo do meu samba
Caramba
Ô, ô, ô!
Caramba
Nem o Chico entendeu
O enredo do meu samba
Caramba
Ô, ô!
Caramba
Nem o Chico
Entendeu
O enredo do meu samba
Caramba
Ô, ô, ô!
Caramba
Nem o Chico entendeu
O enredo do meu samba
Caramba
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