Resumo dos samba-rock

segunda-feira, 17 de março de 2014

ASSIM NÃO ZAMBI – MARTINHO DA VILA

ASSIM NÃO ZAMBI – MARTINHO DA VILA
1979 - Martinho da Vila - Terreiro sala e salão

Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel
Quando eu morrer
Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
 “Ô Zé; vê se manda parar aquelas blitz lá no morro, pô; os homens chegam chutando as portas, revirando tudo, todo mundo fica assustado, é criançada, aqueles zóio arregalado, coração saindo pela boca, é uma desgraça, que droga, a tal da lei de invasão de domicílio, lá no morro não vale é nada”.
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
 “Ô Zé, me lembrei de outra coisa; você bem que podia clarear a cabeça que também a gente tá no morro, é espalhar pra aquela cachaçada, que Marcão briga todo dia; já tá demais; Timba até tá legal; mas quando nego tão doido demais, eles dão tiro à toa, à toa; e quando eles inventam de brincar de baju da Vera; aí, é o debaixo atacando o de cima, o da direita atacando o da esquerda, e tu sabe bem, né, lá ninguém é de direita e nem de esquerda; é todo mundo do mesmo morro; é miséria grudando com miserê; para com isso, Zé; olha”
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero as crianças roubando, as veinha esmolando uma xepa na feira
Eu não quero esse medo estampado na cara duns nego sem eira e nem beira
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Abre as cadeias
Dos inocentes
Dá liberdade
Pros homens de opinião
Quando um nego tá morto de fome
Um outro não tem o que comer
Quando um nego tá num pau-de-arara tem nego penando num outro sofrer
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel
Quando eu morrer
Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro que ninguém quer essa vida cruel
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida assim não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Clementina é filha de Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Odara é filho de Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu também sou filho de Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi


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