MALANDROS MANEIROS (HOMENAGEM AO IMPÉRIO SERRANO)
(Nei Lopes / Zé Luis do Império)
Hoje
Vamos prestar nossa homenagem
A quem toda malandragem
Homenageia e respeita também
Aqueles
Que portando uma caneta
Um bloco e uma folha preta
Escrevem a sorte
Ou o azar de alguém
São eles
Os velhos malandros maneiros
Que têm São Jorge guerreiro
Como fiel protetor
Mas ganhou, leva
Ganhou, leva
Só vale o que está escrito
Lá só não leva no grito
Quem quis levar não prestou
Ganhou, leva
Só vale o que está escrito
Lá só não leva no grito
Quem quis levar não prestou
No tempo da quinta coluna de lá da Pavuna, Jacarepaguá
Eu me lembro que eu era menino e no seu Natalino já ouvia falar
No governo do Marechal Dutra não teve nem truta nem meu pé me dói
E na guerra que houve aos cassinos parou Constantino e fechou Niterói
São eles
Velhos malandros maneiros
Que têm São Jorge guerreiro
Como fiel protetor
Mas ganhou, leva
Ganhou, leva
Só vale o que está escrito
Lá só não leva no grito
Quem quis levar não prestou
Ganhou, leva
Só vale o que está escrito
Lá só não leva no grito
Quem quis levar não prestou
Avestruz, águia, burro, cavalo, elefante, galo, macaco e leão
Borboleta, cachorro, coelho, carneiro, camelo, veado e pavão
Eu sonhei que você na floresta tava numa festa, mas me viu e correu
Fiz a fé no malandro da esquina
E tu nem imagina o bicho que deu
São eles
Velhos malandros maneiros
Que têm São Jorge guerreiro
Como fiel protetor
Mas ganhou, leva
Ganhou, leva
Só vale o que está escrito
Lá só não leva no grito
Quem quis levar não prestou
Ganhou, leva
Só vale o que está escrito
Lá só não leva no grito
Quem quis levar não prestou
Quero ouvir
Cabra, cobra, peru, touro, tigre, gato, porco, vaca, urso e jacaré
No singelo no grupo ou dezena, milhar e centena ganha quem tem fé
Borboleta da ilusão perdida fez da minha vida um triste jardim
Hoje eu sofro invertido e cercado pelos sete lados, coitado de mim
Hoje vamos prestar nossa homenagem
A quem toda malandragem
Homenageia e respeita também
Aqueles
Que portando uma caneta
Um bloco e uma folha preta
Escrevem a sorte
Ou o azar de alguém
São eles
Velhos malandros maneiros
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