CONTO
DE AREIA – CLARA NUNES
(Romildo S. Bastos / Toninho)
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
É água no mar
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
Contam que toda tristeza que tem
na Bahia
Nasceu de uns olhos morenos
molhados de mar
Não sei se é conto de areia ou se
é fantasia
Que a luz da candeia alumia pra
gente contar
Um dia morena enfeitada de rosas
e rendas
Abriu seu sorriso de moça e pediu
pra dançar
A noite emprestou as estrelas bordadas
de prata
E as águas de Amaralina
Eram gotas de luar
Era um peito só
Cheio de promessa era só
Era um peito só
Cheio de promessa era só
Canta!
Era um peito só
Cheio de promessa era só
Era um peito só
Cheio de promessa era só
Quem foi
Que mandou o seu amor
Se fazer de canoeiro
O vento que rola nas palmas
Arrasta o veleiro
E leva pro meio das águas
De Iemanjá
E o mestre valente vagueia
Olhando pra areia sem poder
chegar
Adeus amor
Adeus
Meu amor não me espere
Porque eu já vou-me embora
Pro reino que esconde os tesouros
De minha senhora
Desfia colares e conchas
Pra vida passar
E deixa de olhar pro veleiro
Adeus meu amor eu não vou mais
voltar
Foi beira mar
Foi beira mar quem chamou
Foi beira mar ê
Foi beira mar
Foi beira mar
Foi beira mar quem chamou
Foi beira mar ê
Foi beira mar
É água no mar
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
É água no mar
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
É água no mar
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
É água no mar
É maré cheia ô
Mareia ô
Mareia
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