SÓ
CHORA QUEM AMA / GOIABADA CASCÃO / MEL E MAMÃO COM AÇÚCAR / COISA DA ANTIGA –
NEI LOPES E WILSON MOREIRA
(Wilson Moreira / Nei Lopes)
Quem é do pagode segura que o
coro agora vai comer
Quero ter alguém que tome conta
de mim
Não suporto mais ficar sozinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Preciso de alguém
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Disse-me vovó Cambinda que a
minha mandinga só vai ter remédio
Eu casando ou juntando com a
filha da Dona Cecília com seu Nicomedes
Seu Nicomedes entretanto me disse
que o santo pra ele mandou
Só deixar que eu casasse provando
que em vez de malandro, sou trabalhador
Quero ter alguém que tome conta
de mim
Não suporto mais ficar sozinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Preciso de alguém
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Ana Rosária da Silva que é filha
adotiva de Dona Neném
Me chamou prum tremendo pagode,
que o Juca Bigode armou em Xerém
Eu disse a Ana Rosária, sem fogo
de palha, tu manda e não pede
Mas só vou se tu levar a filha da
Dona Cecília com Seu Nicomedes
Quero ter alguém que tome conta
de mim
Não suporto mais ficar sozinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Preciso de alguém
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Essa mulata formosa é a flor mais
cheirosa da ala das damas
Do famoso terreiro de bamba, escola
de samba só chora quem ama
Eu que jamais vi pastora tão
perturbadora, tão meiga e tão bela
Na maior privação de sentidos fiz
esse partido chorando por ela.
Quero ter alguém que tome conta
de mim
Não suporto mais ficar sozinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Preciso de uma companheira
Que me dê conforto e carinho
Vai mudar o pagode agora
Goiabada cascão em caixa, hem?!
Se liga
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Rango de fogão de lenha na festa
da Penha comido com a mão
Já não tem na praça, mas como era
bom
Hoje só tem misto quente, só tem
milk-shake, só tapeação
Já não tem mais caixa de goiabada
cascão
Goiabada cascão
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Goiabada cascão
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Samba de partido-alto com a faca
no prato e batido na mão
Já não tem na praça, mas como era
bom
Hoje só tem discoteque, só tem som
de black, só imitação
Já não tem mais caixa de goiabada
cascão
Goiabada cascão
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Goiabada cascão
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Vida na casa de vila, correndo tranquila,
sem perturbação
Já não tem na praça, mas como era
bom
Hoje só tem conjugado que é mais
apertado do que barracão
Já não tem mais caixa de goiabada
cascão
Goiabada cascão
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Goiabada cascão
Goiabada cascão em caixa
É coisa fina, sinhá, que ninguém
mais acha
Vamos mudar de novo agora
Vamos pro mel
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Ô mel
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Vida boa é a minha
E os carinhos da menina
Pra mim não existe mal
O bom mundo me ensina
Vai
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Quem não se lembra disso
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Ouvindo, cantando e às vezes.
Sentindo uma sinfonia
Sem vaidade, sem tristeza.
Esqueço a monotonia
Vai
Vamos lá rapaziada
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Ô mel
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Verão luar e garoa
Inverno que coisa boa
Tenho um lar mulher e filhos
Porque que eu devo chorar
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Ô mel
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Ao chegar o fim da vida
Vou procurar não temer
Aqui eu fiz quase tudo
Na outra vou renascer
Vai
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Ô mel
Ô mel, mamão com açúcar.
Eu também quero encontrar
Um lugarzinho no céu.
Mudar agora prum pagode de
responsa, hem?!
Na tina, vovó lavou, vovó lavou
A roupa que mamãe vestiu quando
foi batizada
E mamãe quando era menina teve
que passar, teve que passar
Muita fumaça e calor no ferro de
engomar
E mamãe quando era menina teve
que passar, teve que passar
Muita fumaça e calor no ferro de
engomar
Vai compadre
Hoje mamãe me falou de vovó só de
vovó
Disse que no tempo dela era bem
melhor
Mesmo agachada na tina e soprando
no ferro de carvão
Tinha-se mais amizade e mais
consideração
Disse que naquele tempo a palavra
de um mero cidadão
Valia mais que hoje em dia uma
nota de milhão
Disse afinal que o que é de
verdade
Ninguém mais hoje liga
Isso é coisa da antiga, oi na
tina.
Na tina, vovó lavou, vovó lavou
A roupa que mamãe vestiu quando
foi batizada
E mamãe quando era menina teve
que passar, teve que passar
Muita fumaça e calor no ferro de
engomar
E mamãe quando era menina teve
que passar, teve que passar
Muita fumaça e calor no ferro de
engomar
Hoje o olhar de mamãe marejou só
marejou
Quando se lembrou do velho, o meu
bisavô
Disse que ele foi escravo, mas
não se entregou à escravidão
Sempre vivia fugindo e arrumando
confusão
Disse pra mim que essa história
do meu bisavô, negro fujão
Devia servir de exemplo a esses
nego pai João
Disse afinal que o que é de
verdade
Ninguém mais hoje liga
Que isso é coisa da antiga
Oi na tina.
Na tina, vovó lavou, vovó lavou
A roupa que mamãe vestiu quando
foi batizada
E mamãe quando era menina teve
que passar, teve que passar
Muita fumaça e calor no ferro de
engomar
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