POUT
POURRI (TRIBUTO A BEZERRA DA SILVA) – COMPOSITORES DO BEZERRA
“Mas
acontece que da maneira que eu trabalho, nunca vai ter problema, porque eles
gravam pra compositores de rico, panelinha, seu fulano, seu beltrano e eu gravo
para compositores de verdade”.
A razão do meu sucesso não sou eu
nem é minha versatilidade
Aí tá tudo certo!
É que eu gravo com uma pá de
pagodeiros
Que são compositores de verdade
A razão do meu sucesso não sou eu
nem é minha versatilidade
É que eu gravo com uma pá de
pagodeiros
Que são compositores de verdade
Aí rapaziada, é o seguinte,
espera aí!
E lá não tem esse negócio de
amizade, meu amigo!
Não!
Lá!
Eles dão dinheiro!
Sabe o que ele falou pra mãe
dele?!
A mãe dele veio de Recife,
Se lembra disso?!
Você se lembra!
Meu filho me bota nesse disco teu
que eu quero é ganhar um dinheiro!
Ele falou mãe quanto que a
senhora quer?!
Eu quero tanto!
Agora foder meu disco a senhora
não vai não, toma tanto!
Me entendeu?!
Então peraí!
Esse é o Bezerra que eu conheço!
É doutor isso é um alô, não é conselho
Mas não foi o preto quem botou
O meu Brasil no vermelho
Vai!
É doutor isso é um alô, não é
conselho
Mas não foi o preto quem botou
O meu Brasil no vermelho
Vai!
Malandro é malandro, Mané é Mané!
Bezerra dizia o seguinte:
Pra morar no morro
Tem que ter muita
Mas muita versatilidade, meu
compadre
É assim, ó, olha só!
Pra morar no morro
Tem que ter muita versatilidade
Diz!
Pra morar no morro
Tem que ter muita versatilidade
Ouvir muito e falar pouco
Ser bom malandro e ter muita
amizade
Permanecer
Permanecer
Na alegria de Muricy
E o provérbio que diz não sei de
nada
Todo mundo!
Cada um trata de si
E o provérbio que diz não sei de
nada
Cada um trata de si
Olha só!
(...) com você sequestrado
Então o seguinte eu sou pedreiro
Camelô
Tiro onda
Mas a inspiração não acaba
Mas a inspiração continua a mesma
De Jeito algum
E vovô não perdoou
Vai!
Ih vovô não perdoou
O cambono vacilão
Na palma da mão!
Certíssimo!
Ela pediu moscatel
O velho trouxe limão
Ela pediu moscatel
E o velho trouxe limão
Solta o Aladim aí, solta o Aladim
Que terreiro é esse
Que o pai de santo é safado
Que terreiro é esse
Que o pai de santo é safado
Pega santo com a mão no bolso
Com um olho aberto e o outro
fechado
Vai!
Pega santo com a mão no bolso
Com um olho aberto e o outro
fechado
Ele joga búzios
Ele joga búzios com chapinha
Diz que advinha o passado e o
presente
Risca ponto
Risca ponto de fogo no prato
Com aquela pólvora diferente
Incorpora o tal de Zé Pilantra
E o seu Tranca Viela
Vem gente de todo lugar
Para consultar na favela
E na gira do povo da rua
Ele diz sorridente é a hora da
gandaia
Vida boa!
Vão embora os perna de calça que
agora só ficam os rabo de saia
Oi!
Só rabo de saia
Só rabo de saia
Não quero macho no terreiro
Porque o macho atrapalha
Bezerra fazia certo, né?!
Cantar com compositores
interessantes, autêntico, autêntico carioca!
(...)
Mas a autenticidade carioca é
imbatível!
Me diz vovó
Me diz vovó e tenha dó
Quem foi que botou maisena no meu
pó
Me diz vovó
Me diz vovó e tenha dó
Quem foi que botou maisena no meu
pó
Vou mudar, hein?!
Olha só!
Dizer o seguinte!
Roubar pobre é sete anos de azar,
meu compadre!
E o cara foi roubar pobre, cadê o
crioulo doido?!
Vamos lá, vou mandar, hein?!
Olha o tom, hein?!
O ladrão foi lá em casa
Quase morreu do coração
Diz aí!
O ladrão foi lá em casa
Quase morreu do coração
Já pensou se o gatuno tem um
infarto, compadre,
E morre no meu barracão?
Eu não tenho nada de luxo
Que possa agradar um ladrão
É só uma cadeira quebrada
Um jornal que é meu colchão
Eu tenho uma panela de barro
Dois tijolos como fogão
O ladrão ficou maluco de ver
tanta miséria em cima de um cristão
Saiu gritando pela rua
O quê?!
Pega eu, pega eu, pega eu,
Pega eu, pega eu que eu sou
ladrão!
Por favor pega eu
Pega eu, pega eu que eu sou
ladrão.
Pega eu, pega eu que eu sou
ladrão.
Por favor, pega eu
Pega eu, pega eu que eu sou
ladrão.
Vou mudar, hein?!
Olha só!
O Bezerra da Silva dizia o
seguinte!
Olha eu de novo aí!
Que ele é o partideiro indigesto!
Partideiro indigesto era ele
mesmo!
(...)
O partideiro indigesto no samba
sou eu
Vamos lá!
É pura realidade sem esnobação
Vá prestando atenção!
O meu talento é um dom e foi Deus
quem me deu
É isso que digo pro time da
oposição
O partideiro!
O partideiro indigesto no samba
sou eu
É pura realidade sem esnobação
Vá prestando atenção!
O meu talento é um dom e foi Deus
quem me deu
É isso que eu digo pro time da
oposição
Eu não tolero
Não tolero conversa fiada e nem
quais-quais-quais
Eu também não, hein?!
E nem acredito também em malandro
demais
Eu sei que a verdade dói, mas
tenho que dizer
Eu tenho que dizer!
Valor só se dá a quem tem doa a
quem doer
O partideiro!
O partideiro indigesto no samba
sou eu
É pura realidade sem esnobação
Vá prestando atenção!
O meu talento é um dom e foi Deus
quem me deu
É isso que eu digo pro time da
oposição
Eu sei que o incompetente fica
injuriado
Muito injuriado!
Mas tem que engolir a verdade e
ficar calado
Oba!
Eu não tenho farpa na língua e
nem lero-lero
Respeito ao sambista do morro é
só isso que eu quero
Respeito ao sambista do morro é
só isso que eu quero
É!
Respeito ao sambista do morro é
só isso que eu quero
Aí!
Valeu rapaziada!
Tudo bem valeu!
Esse é o Bezerra da Silva!
Show de bola!
Malandro é malandro, Mané é Mané!
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