Resumo dos samba-rock

sábado, 7 de setembro de 2013

POUT POURRI (TRIBUTO A BEZERRA DA SILVA) – COMPOSITORES DO BEZERRA

POUT POURRI (TRIBUTO A BEZERRA DA SILVA) – COMPOSITORES DO BEZERRA

“Mas acontece que da maneira que eu trabalho, nunca vai ter problema, porque eles gravam pra compositores de rico, panelinha, seu fulano, seu beltrano e eu gravo para compositores de verdade”.
A razão do meu sucesso não sou eu nem é minha versatilidade
Aí tá tudo certo!
É que eu gravo com uma pá de pagodeiros
Que são compositores de verdade
A razão do meu sucesso não sou eu nem é minha versatilidade
É que eu gravo com uma pá de pagodeiros
Que são compositores de verdade
Aí rapaziada, é o seguinte, espera aí!
E lá não tem esse negócio de amizade, meu amigo!
Não!
Lá!
Eles dão dinheiro!
Sabe o que ele falou pra mãe dele?!
A mãe dele veio de Recife,
Se lembra disso?!
Você se lembra!
Meu filho me bota nesse disco teu que eu quero é ganhar um dinheiro!
Ele falou mãe quanto que a senhora quer?!
Eu quero tanto!
Agora foder meu disco a senhora não vai não, toma tanto!
Me entendeu?!
Então peraí!
Esse é o Bezerra que eu conheço!
É doutor isso é um alô, não é conselho
Mas não foi o preto quem botou
O meu Brasil no vermelho
Vai!
É doutor isso é um alô, não é conselho
Mas não foi o preto quem botou
O meu Brasil no vermelho
Vai!
Malandro é malandro, Mané é Mané!
Bezerra dizia o seguinte:
Pra morar no morro
Tem que ter muita
Mas muita versatilidade, meu compadre
É assim, ó, olha só!
Pra morar no morro
Tem que ter muita versatilidade
Diz!
Pra morar no morro
Tem que ter muita versatilidade
Ouvir muito e falar pouco
Ser bom malandro e ter muita amizade
Permanecer
Permanecer
Na alegria de Muricy
E o provérbio que diz não sei de nada
Todo mundo!
Cada um trata de si
E o provérbio que diz não sei de nada
Cada um trata de si
Olha só!
(...) com você sequestrado
Então o seguinte eu sou pedreiro
Camelô
Tiro onda
Mas a inspiração não acaba
Mas a inspiração continua a mesma
De Jeito algum
E vovô não perdoou
Vai!
Ih vovô não perdoou
O cambono vacilão
Na palma da mão!
Certíssimo!
Ela pediu moscatel
O velho trouxe limão
Ela pediu moscatel
E o velho trouxe limão
Solta o Aladim aí, solta o Aladim
Que terreiro é esse
Que o pai de santo é safado
Que terreiro é esse
Que o pai de santo é safado
Pega santo com a mão no bolso
Com um olho aberto e o outro fechado
Vai!
Pega santo com a mão no bolso
Com um olho aberto e o outro fechado
Ele joga búzios
Ele joga búzios com chapinha
Diz que advinha o passado e o presente
Risca ponto
Risca ponto de fogo no prato
Com aquela pólvora diferente
Incorpora o tal de Zé Pilantra
E o seu Tranca Viela
Vem gente de todo lugar
Para consultar na favela
E na gira do povo da rua
Ele diz sorridente é a hora da gandaia
Vida boa!
Vão embora os perna de calça que agora só ficam os rabo de saia
Oi!
Só rabo de saia
Só rabo de saia
Não quero macho no terreiro
Porque o macho atrapalha
Bezerra fazia certo, né?!
Cantar com compositores interessantes, autêntico, autêntico carioca!
(...)
Mas a autenticidade carioca é imbatível!
Me diz vovó
Me diz vovó e tenha dó
Quem foi que botou maisena no meu pó
Me diz vovó
Me diz vovó e tenha dó
Quem foi que botou maisena no meu pó
Vou mudar, hein?!
Olha só!
Dizer o seguinte!
Roubar pobre é sete anos de azar, meu compadre!
E o cara foi roubar pobre, cadê o crioulo doido?!
Vamos lá, vou mandar, hein?!
Olha o tom, hein?!
O ladrão foi lá em casa
Quase morreu do coração
Diz aí!
O ladrão foi lá em casa
Quase morreu do coração
Já pensou se o gatuno tem um infarto, compadre,
E morre no meu barracão?
Eu não tenho nada de luxo
Que possa agradar um ladrão
É só uma cadeira quebrada
Um jornal que é meu colchão
Eu tenho uma panela de barro
Dois tijolos como fogão
O ladrão ficou maluco de ver tanta miséria em cima de um cristão
Saiu gritando pela rua
O quê?!
Pega eu, pega eu, pega eu,
Pega eu, pega eu que eu sou ladrão!
Por favor pega eu
Pega eu, pega eu que eu sou ladrão.
Pega eu, pega eu que eu sou ladrão.
Por favor, pega eu
Pega eu, pega eu que eu sou ladrão.
Vou mudar, hein?!
Olha só!
O Bezerra da Silva dizia o seguinte!
Olha eu de novo aí!
Que ele é o partideiro indigesto!
Partideiro indigesto era ele mesmo!
(...)
O partideiro indigesto no samba sou eu
Vamos lá!
É pura realidade sem esnobação
Vá prestando atenção!
O meu talento é um dom e foi Deus quem me deu
É isso que digo pro time da oposição
O partideiro!
O partideiro indigesto no samba sou eu
É pura realidade sem esnobação
Vá prestando atenção!
O meu talento é um dom e foi Deus quem me deu
É isso que eu digo pro time da oposição
Eu não tolero
Não tolero conversa fiada e nem quais-quais-quais
Eu também não, hein?!
E nem acredito também em malandro demais
Eu sei que a verdade dói, mas tenho que dizer
Eu tenho que dizer!
Valor só se dá a quem tem doa a quem doer
O partideiro!
O partideiro indigesto no samba sou eu
É pura realidade sem esnobação
Vá prestando atenção!
O meu talento é um dom e foi Deus quem me deu
É isso que eu digo pro time da oposição
Eu sei que o incompetente fica injuriado
Muito injuriado!
Mas tem que engolir a verdade e ficar calado
Oba!
Eu não tenho farpa na língua e nem lero-lero
Respeito ao sambista do morro é só isso que eu quero
Respeito ao sambista do morro é só isso que eu quero
É!
Respeito ao sambista do morro é só isso que eu quero
Aí!
Valeu rapaziada!
Tudo bem valeu!
Esse é o Bezerra da Silva!
Show de bola!
Malandro é malandro, Mané é Mané!


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