ESTIGMA - CELSO MIGUEL

ESTIGMA - CELSO MIGUEL

(Joran / Gilson Harmonia)

 

Hoje eu trago no peito a marca das dores que sofri

E do meu corpo cansado a marca do tempo que perdi

Eu trago no desencanto um resto de campo

Uma velha viola

Pra cantar meus desencontros

Como se contasse uma triste história

Se Deus não me valer

Que me leve à morte, eu não posso mais viver

Perdi meu tempo à toa

A vida pra mim não tem sido

Nada boa

Hoje nada na vida

Eu guardei do que ganhei

Quantos sonhos perdi e não mais encontrei

Tenho a face marcada das dores da vida

Tenho a roupa encardida da poeira da estrada

Trago a tristeza escondida em minha alma cansada

Trago um resto de vida, uma dor e mais nada

Se Deus não me valer

Que me leve à morte, eu não posso mais viver

Perdi meu tempo à toa

A vida pra mim não tem sido

Nada boa

Se Deus não me valer

Que me leve à morte, eu não posso mais viver

Perdi meu tempo à toa

A vida pra mim não tem sido

Nada boa

Hoje nada na vida

Eu guardei do que ganhei

Quantos sonhos perdi e não mais encontrei

Tenho a face marcada das dores da vida

Tenho a roupa encardida da poeira da estrada

Trago a tristeza escondida em minha alma cansada

Trago um resto de vida, uma dor e mais nada

Se Deus não me valer

Que me leve à morte, eu não posso mais viver

Perdi meu tempo à toa

A vida pra mim não tem sido

Nada boa

Se Deus não me valer

Que me leve à morte, eu não posso mais viver

Perdi meu tempo à toa

A vida pra mim não tem sido

Nada boa

Se Deus não me valer

Que me leve à morte, eu não posso mais viver

Perdi meu tempo à toa

A vida pra mim não tem sido

Nada boa

 

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DO JEITO QUE SEI - MYRNA

DO JEITO QUE SEI - MYRNA

(João Nogueira)

 

Ó meu samba

O que fizeram com você?

Compararam seu jeito de bamba

Com barulho importado eu fiquei magoado

Não posso entender

Quando eu falo

Dizem que isso é embalo

Que é empolgação

Com coração cortado

A ser um sambista empolgado

Peço minha demissão

Dizem: chora quem perde, eu ganhei

Mandei meu recado do jeito que sei

E quando falo, eu não falo por mim

Falo em nome do samba

E Deus quis assim

Não importa a vitória e tem mais

De todo coração

Samba

Se faz por amor

Até mesmo por ódio ou rancor

Nunca por empolgação

Samba

Se faz por amor

Até mesmo por ódio ou rancor

Nunca por empolgação

Dizem: chora quem perde, eu ganhei

Mandei meu recado do jeito que sei

E quando falo, eu não falo por mim

Falo em nome do samba

Deus quis assim

Não importa a vitória e tem mais

De todo coração

Samba

Se faz por amor

Até mesmo por ódio ou rancor

Nunca por empolgação

Samba

Se faz por amor

Até mesmo por ódio ou rancor

Nunca por empolgação

Samba

Se faz por amor

Até mesmo por ódio ou rancor

Nunca por empolgação

 

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ZONA FRANCA - DORA LOPES

ZONA FRANCA - DORA LOPES

(Joran / Gilson Harmonia)

 

Investi

O meu amor numa ilusão qualquer

Entreguei meu coração com fé

A quem carinho sem amor me deu

A quem histórias de amor contou

E a saudade hoje chega

Pra contar

Que a ilusão acaba de morrer

E eu não preciso me importar, porque

Ela chegou e agora vai ficar

E vai usar

No mesmo coração

Que o amor deixou vazio

Meu peito

Sem amor é zona franca

Toda tristeza que quiser pode chegar

A porta do meu peito não tem tranca

E a saudade diz que é dona do lugar

Diz!

Meu peito

Sem amor é zona franca

Toda tristeza que quiser pode chegar

A porta do meu peito não tem tranca

E a saudade diz que é dona do lugar

Investi

O meu amor numa ilusão qualquer

Entreguei meu coração com fé

A quem carinho sem amor me deu

A quem histórias de amor contou

E a saudade hoje chega

Pra contar

Que a ilusão acaba de morrer

E eu não preciso me importar, porque

Ela chegou e agora vai ficar

E vai usar

No mesmo coração

Que o amor deixou vazio

Meu peito

Sem amor é zona franca

Toda tristeza que quiser pode chegar

A porta do meu peito não tem tranca

E a saudade diz que é dona do lugar

Meu peito

Sem amor é zona franca

Toda tristeza que quiser pode chegar

A porta do meu peito não tem tranca

E a saudade diz que é dona do lugar

Meu peito

Sem amor é zona franca

Toda tristeza que quiser pode chegar

A porta do meu peito não tem tranca

E a saudade diz que é dona do lugar

 

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PROIBIRAM QUE EU TE AMASSE - TRIO TERNURA

PROIBIRAM QUE EU TE AMASSE - TRIO TERNURA

(Umberto Silva J. Ribamar)

 

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, lá

Laiá, laiá,

Laiá, laiá,

Laiá, laiá, laiá,

Laiá, laiá.

Proibiram que eu te amasse

Absurdo igual eu nunca vi

Um amor sincero

Um amor tão lindo

Como foi divino o dia em que eu te conheci

Acontece que proibiram que eu te amasse

Absurdo igual eu nunca vi

Um amor sincero

Um amor tão lindo

Como foi divino o dia em que eu te conheci

Darei tudo na vida

Para ao teu lado ficar

Se Deus não me der isso, me perdoa, pode me levar

De amor também se morre

E eu quero morrer

Se algo entre nós

Não acontecer

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, lá

Laiá, laiá,

Laiá, laiá,

Laiá, laiá, laiá,

Laiá, laiá.

Proibiram que eu te amasse

Absurdo igual eu nunca vi

Um amor sincero

Um amor tão lindo

Como foi divino o dia em que eu te conheci

Darei tudo na vida

Para ao teu lado ficar

Se Deus não me der isso, me perdoa, pode me levar

De amor também se morre

E eu quero morrer

Se algo entre nós

Não acontecer

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, laiá, lá

Laiá, laiá,

Laiá, laiá,

Laiá, laiá, laiá,

Laiá, laiá.

 

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RAIOU O DIA - DJALMA PIRES

RAIOU O DIA - DJALMA PIRES

(Adacyr Louro / Everaldo Cruz)

 

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Raiou, diz!

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Vai ter bronca lá em casa

Como vou justificar?

Eu saí e não disse nada

Muito antes do jantar

Mentiras não vou dizer

Sou um homem da verdade

Eu me distraí no samba

Fui matar minha saudade

Raiou

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Raiou

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

O sambista quando é bamba

Não tem hora pra chegar

Outra vez que eu for ao samba

Ela vai me acompanhar

Quando estou lá no terreiro

Podes crer, eu sou mais eu

Ser poeta e partideiro

Foi o dom que Deus me deu

Raiou, diz!

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Raiou o dia

É isso daí, rapaziada!

Esqueci da hora

Vem chegando, vem chegando!

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Comigo, comigo!

Vai ter bronca lá em casa

Como vou justificar?

Eu saí, não disse nada

Muito antes do jantar

Mentiras não vou dizer

Sou um homem da verdade

Eu me distraí no samba, nega

Fui matar minha saudade

Raiou, diz!

Raiou o dia

É isso aí!

Esqueci da hora

Mais um partido alto pra vocês!

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Raiou

Raiou o dia

Esqueci da hora

Segura!

Galo cantou, minha gente eu vou embora

O sambista quando é bamba

Não tem hora pra chegar

Outra vez que eu for ao samba

Ela vai me acompanhar

Quando estou lá no terreiro

Podes crer, eu sou mais eu

Ser poeta e partideiro

Foi o dom que Deus me deu

Raiou, diz!

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Todo mundo comigo...

Raiou o dia

É isso aí!

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

Raiou

Raiou o dia

Esqueci da hora

Galo cantou, minha gente eu vou embora

 

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RODANDO NO EXPRESSO - ELDER EFFE

RODANDO NO EXPRESSO - ELDER EFFE

 

Aqui vou eu

Rodando no expresso

Aqui vou eu

Rodando no expresso

Pra onde leva esse sol eu vou seguir pra onde leva esse som

Sigo só

Acompanhado do meu violão

Eu sigo só

Acompanhado do meu violão

E eu não preciso muito mais eu tenho a sorte eu não preciso muito mais

Em linha reta

Pra onde vou

E o que me importa agora é só seguir, seguir então aqui vou eu

Rodando no expresso

Pra onde leva esse sol eu vou seguir pra onde leva esse som

Em linha reta

Pra onde vou

E o que me importa agora

Aqui vou eu

Rodando no expresso

Pra onde leva esse sol eu vou seguir pra onde leva esse som

Pra onde leva esse sol eu vou seguir pra onde leva esse som

Pra onde leva esse sol

 

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SÓ FALTA VOCÊ - ROBINSON

SÓ FALTA VOCÊ - ROBINSON

(Beto Scala / São Beto)

 

Lá, laiá, lá,

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá,

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá

Nega, o barraco que eu fiz foi pra nós

Nega, é pequeno, mas dá pra viver

Tudo está pronto, só falta você

Pobre, é verdade, mas rico de amor

Vem, não me deixe esperar

Por favor

Não se sabe o que mais será preciso

Nega, eu já tomei juízo

Arranjei num batedor

É verdade

Já tirei algum por conta

Se apressa, nega, se apronta,

Vem viver o nosso amor

Lá, laiá, lá,

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá,

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá

Nega, o barraco que eu fiz foi pra nós

Nega, é pequeno, mas dá pra viver

Tudo está pronto, só falta você

Pobre, é verdade, mas rico de amor

Vem, não me deixe esperar

Por favor

Não se sabe o que mais será preciso

Nega, eu já tomei juízo

Arranjei num batedor

É verdade

Já tirei algum por conta

Se apressa, nega, se apronta,

Vem viver o nosso amor

Lá, laiá, lá,

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá,

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá

 

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RECADO DE PAZ - MARCIA MARIA

RECADO DE PAZ - MARCIA MARIA

(Gilson de Souza)

 

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá,

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá,

Lá, laiá, lá, laiá,

Lá, lá, laiá

Laiá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá,

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá,

Lá, laiá, lá, laiá,

Lá, lá, laiá

Laiá

Vai, meu samba vai

Dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Diz pra ele vir correndo pra coisa

Ficar melhor

Saudade está machucando, não aguento viver só

E o nome madrugada

É que vem me ajudar

Por favor, volte depressa e obedeça meu recado

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Diz pra ele vir correndo pra coisa ficar melhor

Saudade está machucando, não aguento viver só

E o nome madrugada

É que vem me ajudar

Por favor, volte depressa e obedeça meu recado

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Dizer a ele que o meu recado é de paz

Mas, então, vai

Vai, meu samba vai

Mas eu estou pra dizer a ele

Que o meu recado é de paz

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá,

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, laia, lá,

Lá, laiá, lá, laiá,

Lá, lá, laiá

Laiá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá,

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá,

Lá, lá, laiá,

Laiá

 

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QUE NADA - GERMANO BATISTA

QUE NADA - GERMANO BATISTA

(Dora Lopes / Gilson Harmonia)

 

Que nada

Que nada

Que nada

Que nada                                                                             

Que nada

Você se enganou, eu ganhei a parada

Com tanto xingamento não lhe disse nada

Eu vi que este amor é uma coisa errada

Que nada

Tomei umas e outras pela madrugada

De gente que podia por mim ser amada

E até virar canção e não ser plagiada

A causa da separação fez de mim um poeta

E a outra já virou canção e é sucesso na certa

Você deu um zero pra mim no amor quando foi me julgar

E a minha canção na parada já está em primeiro lugar

A causa da separação fez de mim um poeta

E a outra já virou canção e é sucesso na certa

Você deu um zero pra mim no amor quando foi me julgar

E a minha canção na parada já está em primeiro lugar

Que nada

Você se enganou, eu ganhei a parada

Com tanto xingamento não lhe disse nada

Eu vi que este amor é uma coisa errada

Que nada

Tomei umas e outras pela madrugada

De gente que podia por mim ser amada

E até virar canção e não ser plagiada

A causa da separação fez de mim um poeta

E a outra já virou canção e é sucesso na certa

Você deu um zero pra mim no amor quando foi me julgar

E a minha canção na parada já está em primeiro lugar

A causa da separação fez de mim um poeta

E a outra já virou canção e é sucesso na certa

Você deu um zero pra mim no amor quando foi me julgar

E a minha canção na parada já está em primeiro lugar

 

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QUADRA VAZIA - ADAUTO SANTOS

QUADRA VAZIA - ADAUTO SANTOS

(Adauto Santos / Léo Karan)

 

Lembro

De uma triste história

Foi num dia sem glória

Que esse fato ocorreu

Sobre

Uma quadra vazia

Um sambista jazia

De desgosto, morreu

Lembro

De uma triste história

Foi num dia sem glória

Que esse fato ocorreu

Sobre

Uma quadra vazia

Um sambista jazia

De desgosto, morreu

Sempre

Teve um sonho na vida

Era ver pra avenida

O seu samba vencer

Se isso

Me acontece um dia

Ele sempre dizia:

“Eu já posso morrer”

Hoje

Todo mundo conhece

O seu samba acontece

É a voz popular

É isso

O que sempre ocorre

Só depois que se morre

Que se vai pro altar

É isso

O que sempre ocorre

Só depois que se morre

Que se vai pro altar

Sempre

Teve um sonho na vida

Era ver pra avenida

O seu samba vencer

Se isso

Me acontece um dia

Ele sempre dizia:

“Eu já posso morrer”

Hoje

Todo mundo conhece

O seu samba acontece

É a voz popular

É isso

O que sempre ocorre

Só depois que se morre

Que se vai pro altar

É isso

O que sempre ocorre

Só depois que se morre

Que se vai pro altar

Lá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá

 

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MOÇA CRIANÇA - NOITE ILUSTRADA

MOÇA CRIANÇA - NOITE ILUSTRADA

(Agepê / Canário)

 

O seu andar tem jeito de moça criança

A sua trança negra tem fita amarela

Me amarro nela pelo seu olhar

Me ligo no sorriso dela

Que faz a minha tristeza ter fim

Me amarro nela pelo seu olhar

Me ligo no sorriso dela

Que faz a minha tristeza ter fim

Ai, quem me dera se ela gostasse de mim

Eu seria seu

Dando o meu melhor amor

Por toda vida milhões

De alegrias teriam de ser

Diferente

A gente iria viver

Mas pra quê sonhar

Viver no mundo de esperança

Se ela é que nem criança, usa trança,

E não quer me amar

Mas pra quê sonhar

Viver no mundo de esperança

Se ela é que nem criança, usa trança

E não quer me amar

Mas pra quê sonhar

Viver no mundo de esperança

Se ela é que nem criança, usa trança

E não quer me amar

Mas pra quê sonhar

Viver no mundo de esperança

Se ela é que nem criança, usa trança

E não quer me amar

 

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DIRETOR DE HARMONIA – ZUZUCA

DIRETOR DE HARMONIA - ZUZUCA

(Jorge Zagaia)

Zuzuca - 1973

 

Sou eu o diretor de harmonia

Apito para entrar a bateria

Sou eu que manda o mestre de sala

Se apresentar

Com a porta bandeira Maria

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

Você já pensou quando a velhice chegar

E eu não puder mais sambar

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

Você já pensou quando a velhice chegar

E eu não puder mais sambar

Sou diretor de harmonia tenho a minha escola ideal

Salgueiro a capital do samba

A tradição do carnaval

Quando eu for bem velhinho e não puder mais andar

Vou deixar os meus partidos pra meus netinhos cantar

Sou eu o diretor

Sou eu o diretor de harmonia

Apito pra entrar a bateria

Sou eu quem manda o mestre de sala

Se apresentar

Com a porta bandeira Maria

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

Você já pensou quando a velhice chegar

E eu não puder mais sambar

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

Você já pensou quando a velhice chegar

E eu não puder mais sambar

Quando eu entro no samba

Que faço o meu picilone

As pequenas ficam danada

Moço qual é o seu nome?

Quando eu canto o meu samba

Encho o peito de alegria

Eu cantava no Salgueiro

Na cidade se ouvia

Sou eu o diretor

Sou eu o diretor de harmonia

Apito pra entrar a bateria

Sou eu quem manda o mestre de sala

Se apresentar

Com a porta bandeira Maria

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

Você já pensou quando a velhice chegar

E eu não puder mais sambar

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

Você já pensou quando a velhice chegar

E eu não puder mais sambar

Diz um A diz um C diz um D me explica baiana que eu quero aprender

As 4 operações de conta baiana me explica que eu vou com você

Viajei num trem de Campos em cima da ponte quase me matou

Eu vinha no bagageiro, o carro de primeira desencarrilhou

Sou eu o diretor

Sou eu o diretor de harmonia

Apito pra entrar a bateria

Sou eu quem manda o mestre de sala

Se apresentar

Com a porta bandeira Maria

Se estou errado me perdoa

Eu sou o samba em pessoa

 

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(Colaboração Barry Cox)

VOCÊ ESTÁ SUMINDO – NADINHO DA ILHA

VOCÊ ESTÁ SUMINDO – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira / Jorge de Castro)  

 

Nega, vem cá

Vem ver só

Como é que seu nego ficou

Depois do tal dia, neguinha

Que você me deixou

Quem me conhece passa por mim Jogando piadas, sorrindo

Você tá ficando acabado

Xi!

Você tá sumindo

Nega, vem cá

Vem ver só

Como é que seu nego ficou

Depois do tal dia, neguinha

Que você me deixou

Quem me conhece passa por mim Jogando piadas, sorrindo

Você tá ficando acabado

Xi!

Você tá sumindo

Você foi embora criança

Minha alma ficou quase louca

Não tiro você da lembrança

Nem tiro o seu nome da boca

Eu sinto-me tão acabado

Estou que nem posso de dor

Não queira saber é de tanto pensar em teu amor

Nega, vem cá

Vem ver só

Como é que seu nego ficou

Depois do tal dia, neguinha

Que você me deixou

Quem me conhece passa por mim Jogando piadas, sorrindo

Você tá ficando acabado

Xi!

Você tá sumindo

Você foi embora criança

Minha alma ficou quase louca

Não tiro você da lembrança

Nem tiro o teu nome da boca

Eu sinto-me tão acabado

Estou que nem posso de dor

Não queira saber é de tanto pensar em teu amor

 

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LIBERTA MEU CORAÇÃO – NADINHO DA ILHA

LIBERTA MEU CORAÇÃO – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira / José Batista)

 

Enquanto a Isabel

A Redentora aboliu

A escravidão

Outra Isabel, tão pecadora

Escravizou

Meu coração

Ai, meu viver é tão cruel

Liberta meu coração, Isabel

Meu coração é um escravo perfeito

Que vive acorrentado em meu peito

Solta esse pobre sofredor

Que padece demais por teu amor

Amor

Enquanto a Isabel a Redentora aboliu

A escravidão

Outra Isabel, tão pecadora

Escravizou

Meu coração

Ai, meu viver é tão cruel

Liberta meu coração, Isabel

Liberta meu coração, Isabel

Liberta meu coração, Isabel

 

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MINHA COMPANHEIRA – NADINHO DA ILHA

MINHA COMPANHEIRA – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira)

 

A minha companheira

No mundo é a primeira

Que me faz acreditar em mulher fiel

Não mente

Não é fingida

É o que eu sonhava na vida

Lamento não conhecer

Há mais tempo a Isabel

Se algum companheiro de minha

Consideração

Tentar contra mim

Um golpe de traição

Ela me chama e diz meu benzinho

Fulano vive contigo

Mas abre o olho que ele

Não é teu amigo

A minha companheira

No mundo é a primeira

Que me faz acreditar em mulher fiel

Não mente

Não é fingida

É o que eu sonhava na vida

Lamento não conhecer

Há mais tempo a Isabel

Se algum companheiro de minha

Consideração

Tentar contra mim

Um golpe de traição

Ela me chama e diz meu benzinho

Fulano vive contigo

Mas abre o olho que ele não é

Teu amigo

A minha companheira

No mundo é a primeira

Que me faz acreditar em mulher fiel

 

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BONDE DA PIEDADE – NADINHO DA ILHA

BONDE DA PIEDADE – NADINHO DA ILHA

(Ari Monteiro/Geraldo Pereira)

 

De manhã eu deixo o barracão

Vou pro ponto de seção

Cheio de alegria

Pego o bonde Piedade

Desembarco na cidade

Em busca do pão de cada dia

De manhã eu deixo o barracão

Vou pro ponto de seção

Cheio de alegria

Pego o bonde Piedade

Desembarco na cidade

Em busca do pão de cada dia

A princípio meu ordenado era pouco e muito trabalho

Aguentei o galho

O tempo passou

Agora fui aumentado

Passei a encarregado

A minha situação melhorou

De manhã eu deixo o barracão

Vou pro ponto de seção

Cheio de alegria

Pego o bonde Piedade

Desembarco na cidade

Em busca do pão de cada dia

De manhã eu deixo o barracão

 

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PEDRO DO PEDREGULHO – NADINHO DA ILHA

PEDRO DO PEDREGULHO – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira)

 

Pedro dos Santos

Vivia no Morro

Do Pedregulho quebrando boteco

Fazendo barulho

Até com a própria polícia brigou

Vivia do jogo

E quando perdia

Só mesmo muamba

Rasgava pandeiro

Acabava com o samba

Parece mentira

Pedro endireitou

Estelinha

Orgulho do morro

Mulher disputada, que quando ia ao samba

Saía pancada

Ao Pedro dos Santos

Deu seu grande amor

E ele trocou

O revólver que usava

Fingindo embrulho por uma marmita

E sobe o Pedregulho

De noite, cansado do seu

Batedor

Estelinha

Orgulho do morro

Mulher disputada, que quando ia ao samba

Saía pancada

Ao Pedro dos Santos deu seu grande amor

E ele trocou

O revólver que usava

Fingindo embrulho por uma marmita

E sobe o Pedregulho

De noite, cansado do seu

Batedor

 

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CHEGOU A BONITONA – NADINHO DA ILHA

CHEGOU A BONITONA – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira/José Batista)

 

Olha só, ó pessoal que bonitona

Olha o pedaço que acabou de chegar

Agora sim o pessoal com a chegada dessa dona o nosso samba tem

Que melhorar

Olha só, ó pessoal que bonitona

Olha o pedaço que acabou de chegar

Agora sim o pessoal com a chegada dessa dona o nosso samba tem

Que melhorar

Temos flauta, cavaquinho e violão

Temos pandeiro para fazer a marcação

Temos espaço no terreiro pra sambar

E uma noite linda de luar

Agora acaba de chegar a bonitona

Requebrando pra lá

E requebrando pra cá

Cadê o moço?

Cadê o dono dessa dona, se não tá

Vou me atracar

Olha só, ó pessoal que bonitona

Olha o pedaço que acabou de chegar

Agora sim o pessoal com a chegada dessa dona o nosso samba tem

Que melhorar

Temos flauta, cavaquinho e violão

Temos pandeiro para fazer a marcação

Temos espaço no terreiro pra sambar

E uma noite linda de luar

Agora acaba de chegar a bonitona

Requebrando pra lá

E requebrando pra cá

Cadê o moço?

Cadê o dono dessa dona, se não tá

Vou me atracar

Olha só, ó pessoal que bonitona

Olha o pedaço que acabou de chegar

Agora sim o pessoal com a chegada dessa dona o nosso samba tem

Que melhorar

 

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ABAIXO DE DEUS (FOI ELA) – NADINHO DA ILHA

ABAIXO DE DEUS (FOI ELA) – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira / Elpídio Viana)

 

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

Abaixo de Deus

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

E o carnaval vinha chegando

Eu dizia: o que será?

Que será da minha vida

Se não estou bom até lá

Se ela não é ela

Ao mundo eu dava adeus

Se hoje estou sambando, agradeço a ela, abaixo de Deus

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

Abaixo de Deus

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

E o carnaval vinha chegando

Eu dizia: o que será?

Que será da minha vida

Se não estou bom até lá

Se ela não é ela

Ao mundo eu dava adeus

Se hoje estou sambando, agradeço a ela, abaixo de Deus

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

Abaixo de Deus

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

Abaixo de Deus, foi ela

Sim, foi ela

Quem me ajudou

Eu caí na cama desempregado

E nada me faltou

 

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AI, MÃEZINHA – NADINHO DA ILHA

AI, MÃEZINHA – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira/Ari Monteiro)

 

Ai, mãezinha

Deixa paizinho dormir sossegado

Ai, mãezinha

Tenha paciência, papai tá cansado

Eu preciso dormir

Pra logo poder trabalhar

Deixa a briga mãezinha pra quando papai acordar

Ai, mãezinha

Deixa paizinho dormir sossegado

Ai, mãezinha

Tenha paciência, papai tá cansado

Eu preciso dormir

Pra logo poder trabalhar

Deixa a briga mãezinha pra quando papai acordar

E o sol está quase de fora

Papai sempre cedo chegou

Papai hoje chega a essa hora

Mamãe não gostou

Mãezinha você tem razão

Mas logo vou tudo explicar

E você tem bastante compreensão

Para me perdoar

Ai, ai, ai mãezinha

Deixa paizinho dormir sossegado

Ai, mãezinha

Tenha paciência, papai tá cansado

Eu preciso dormir

Pra logo poder trabalhar

Deixa a briga mãezinha pra quando papai acordar

E o sol está quase de fora

Papai sempre cedo chegou

Papai hoje chega a essa hora

Mamãe não gostou

Mãezinha você tem razão

Mas logo vou tudo explicar

E você tem bastante compreensão

Para me perdoar

Ai, mãezinha

Deixa paizinho dormir sossegado

Ai, mãezinha

Tenha paciência, papai tá cansado

Eu preciso dormir

Pra logo poder trabalhar

Deixa a briga mãezinha pra quando papai acordar

 

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ESCURINHO / ESCURINHA – NADINHO DA ILHA

ESCURINHO / ESCURINHA – NADINHO DA ILHA

Escurinho

(Geraldo Pereira)

Escurinha

(Geraldo Pereira/Arnaldo Passos)

 

O escurinho era um escuro direitinho

Agora tá com a mania de brigão

Parece praga de madrinha ou macumba de alguma escurinha

Que ele fez ingratidão

Saiu de cana ainda não faz uma semana

Já a mulher do Zé Pretinho carregou

Botou embaixo o tabuleiro da baiana

Porque pediu fiado e ela não fiou

Já foi no Morro da Formiga procurar intriga

Já foi no Morro do Macaco, já bateu num bamba

Já foi no Morro dos Cabritos provocar conflitos

Já no foi no Morro do Pinto acabar com o samba

O escurinho era um escuro direitinho

Agora tá com a mania de brigão

Parece praga de madrinha ou macumba de alguma escurinha

Que ele fez ingratidão

Saiu de cana ainda não faz uma semana

Já a mulher do Zé Pretinho carregou

Botou embaixo o tabuleiro da baiana

Porque pediu fiado e ela não fiou

Já foi no Morro da Formiga procurar intriga

Já foi no Morro do Macaco, já bateu num bamba

Já foi no Morro dos Cabritos provocar conflitos

Já no foi no Morro do Pinto acabar com o samba

 

Escurinha, tu tens que ser minha de qualquer maneira

Te dou meu boteco, te dou

Meu barraco que eu tenho no morro de Mangueira

E comigo não há embaraço

Vem que eu te faço meu amor

A rainha da escola de samba

Que o teu nego é diretor

Quatro paredes de barro, telhado de zinco, assoalho no chão,

Só tu, escurinha é quem está faltando

No meu barracão

Sai disso bobinha, só nessa cozinha

Levando a pior

Lá no morro, eu te ponho no samba

Te ensino a ser bamba, te faço a maior

Escurinha, vem cá

Escurinha, tu tens que ser minha de qualquer maneira

Te dou meu boteco, te dou

Meu barraco que eu tenho no morro de Mangueira

E comigo não há embaraço

Vem que eu te faço meu amor

A rainha da escola de samba

Que o teu nego é diretor

Quatro paredes de barro, telhado de zinco, assoalho no chão,

Só tu, escurinha é quem está faltando no meu barracão

Sai disso bobinha, só nessa cozinha

Levando a pior

Lá no morro, eu te ponho no samba

Te ensino a ser bamba, te faço a maior

 

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ACERTEI NO MILHAR – NADINHO DA ILHA

ACERTEI NO MILHAR – NADINHO DA ILHA

(Wilson Batista / Geraldo Pereira)

 

Etelvina

Acertei no milhar

Ganhei quinhentos contos, não vou mais trabalhar

Você dê toda roupa velha aos pobres

E a mobília podemos quebrar

Isto é pra já, vamos quebrar

Etelvina

Vai ter outra lua-de-mel

Você vai ser madame, vai morar num grande hotel

Eu vou comprar um nome não sei onde

De Marquês da Ilha de Visconde

Um professor de francês, mon amour

Eu vou mudar seu nome pra madame Pompadour

Até que enfim agora sou feliz

Vou percorrer a Europa toda até Paris

E os nossos filhos

Oh! que inferno

Eu vou pô-los num colégio interno

Me telefone pro Mané do armazém

Porque eu não quero ficar devendo nada a ninguém

Eu vou comprar um avião azul

Para percorrer a América do Sul

Mas de repente, mas de repente

Etelvina me chamou

Está na hora do batente

Mas de repente, mas de repente

Etelvina me chamou

Acorda, crioulo, acorda, crioulo

Que é isso, nega, isso é maneira de chamar um nego?

Sacudindo, sacudindo, sacudindo

Ai!

Foi um sonho

Minha gente

 

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POLÍCIA NO MORRO / CABRITA MAL SUCEDIDA – NADINHO DA ILHA

POLÍCIA NO MORRO / CABRITA MAL SUCEDIDA – NADINHO DA ILHA

Polícia No Morro (Geraldo Pereira/Arnaldo Passos)

Cabritada Mal Sucedida (Geraldo Pereira/Wilton Wanderley)

Polícia tá no morro

Atrás do cabrito do doutor

Que o Bento matou e fez tambor

O comissário

Mandou dizer

Que a escola só sai

Se o cabrito aparecer

Ô!

Polícia tá no morro

Atrás do cabrito do doutor

Que o Bento matou e fez tambor

O comissário

Mandou dizer

Que a escola só sai

Se o cabrito aparecer

Fez ver a diretoria

Que toma a bateria

Encana o pessoal

Termina com a sujeira

Prende o apito e a bandeira

Acaba com o carnaval

Polícia tá no morro

Atrás do cabrito do doutor

Que o Bento matou e fez tambor

O comissário

Mandou dizer

Que a escola só sai

Se o cabrito aparecer

Que a escola só sai

Se o cabrito aparecer

Que a escola só sai

Se o cabrito aparecer

 

Bento fez anos

E para almoçar me convidou

Me disse que ia matar um cabrito

Onde tem cabrito eu tô

Ora se tô!

E quando o comes e bebe começou

No melhor da cabritada

A Polícia e o dono do bicho chegou

Bento fez anos

E para almoçar me convidou

Me disse que ia matar um cabrito

Onde tem cabrito eu tô

Ora se tô!

E quando o comes e bebe começou

No melhor da cabritada

A Polícia e o dono do bicho chegou

Puseram a gente sem culpa no carro da Rádio Patrulha e levaram

Levaram também o cabrito, e toda a bebida que tinha quebraram

Seu comissário, zangado, não tava querendo ninguém dispensar

O patrão da Sebastiana é que foi no distrito e mandou me soltar

Bento fez anos

E para almoçar me convidou

Me disse que ia matar um cabrito

Onde tem cabrito eu tô

Ora se tô!

E quando o comes e bebe começou

No melhor da cabritada

A Polícia e o dono do bicho chegou

Puseram a gente sem culpa no carro da Rádio Patrulha e levaram

Levaram também o danado do cabrito e toda, e toda bebida quebraram

Seu comissário, zangado, não tava querendo ninguém dispensar

O patrão da Sebastiana é que foi ao distrito e mandou me soltar

 

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MAIS CEDO OU MAIS TARDE – NADINHO DA ILHA

MAIS CEDO OU MAIS TARDE – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira)

 

Ai! mais cedo ou mais tarde ela tem que voltar

Meu Deus

Não posso me conformar

A outra meu coração não entrego

Confesso e não nego, sem ela

Não posso continuar

Ai! mais cedo ou mais tarde ela tem que voltar

Meu Deus

Não posso me conformar

A outra meu coração não entrego

Confesso e não nego, sem ela

Não posso continuar

Outra meu coração não aceita

Parece até coisa feita

Mas seja o que Deus quiser

Quero seguir para outro caminho

Buscar um novo carinho

Mas meu coração não quer

Outra meu coração não aceita

Parece até coisa feita

Mas seja o que Deus quiser

Quero seguir para outro caminho

Buscar um novo carinho

Mas meu coração não quer

 

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FALSA BAIANA – NADINHO DA ILHA

FALSA BAIANA – NADINHO DA ILHA

(Geraldo Pereira)

 

Baiana que entra na roda só fica parada

Não canta, não samba, não bole, nem nada

Não sabe deixar a mocidade louca

Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira

Mexe, remexe, dá nó nas cadeiras

Deixando a moçada com água na boca

Baiana

Baiana que entra na roda só fica parada

Não canta, não samba, não bole, nem nada

Não sabe deixar a mocidade louca

Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira

Mexe, remexe, dá nó nas cadeiras

Deixando a moçada com água na boca

A falsa baiana quando cai no samba, ninguém se incomoda, ninguém bate palma, ninguém abre a roda, ninguém grita ôba

Salve a Bahia, senhor

A gente gosta

Quando uma baiana

Quebra direitinho de cima embaixo

Revira os olhinhos dizendo eu sou filha de São Salvador

Ê, ê, meu senhor!

Baiana que entra na roda, roda, roda, só fica parada, não canta, não canta, não canta, não samba, não bole, nem nada

Não sabe deixar

A mocidade louca

Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira

Mexe, que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras

Deixando a moçada com água na boca

A falsa baiana quando cai no samba

Ninguém se incomoda ninguém bate palma, ninguém abre a roda, ninguém grita ôba Salve a Bahia, senhor

A gente gosta quando uma baiana quebra direitinho de cima embaixo

Revira os olhinhos dizendo eu sou filha de São Salvador

 

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ATÉ QUARTA FEIRA / VAI QUE DEPOIS EU VOU – NADINHO DA ILHA

ATÉ QUARTA FEIRA / VAI QUE DEPOIS EU VOU – NADINHO DA ILHA

Até Quarta-Feira (Geraldo Pereira / Jorge de Castro)

Vai Que Depois Eu Vou (Geraldo Pereira)

 

A batucada começou

Adeus, adeus ó minha querida eu vou

Não sei pra que você chorar

Se quarta-feira eu tenho que voltar

A batucada

A batucada começou

Adeus, adeus ó minha querida eu vou

Não sei pra que você chorar

Se quarta-feira eu tenho que voltar

Tenha paciência

Sou eu que marco a cadência

Da bateria

Se eu faltar fico mal com o pessoal

Porque eu sou diretor mestre de harmonia

A batucada começou

Adeus, adeus ó minha querida eu vou

Não sei pra que você chorar

Se quarta-feira eu tenho que voltar

Tenha paciência

Sou eu que marco a cadência

Da bateria

Se eu faltar fico mal com o pessoal

Porque eu sou diretor mestre de harmonia

A batucada começou

Adeus, adeus ó minha querida eu vou

Não sei pra que você chorar

Se quarta-feira eu tenho que voltar

 

Tá louca chamando pra casa

Agora que o samba enfezou

Estou com a turma pra cabeça

Não aborreça, vai que depois eu vou

Vai!

Tá louca chamando pra casa

Agora que o samba enfezou

Estou com a turma pra cabeça

Não aborreça, vai que depois eu vou

Gastei um dinheirão

Na sua fantasia

E você não sabe aproveitar

E ainda fica empatando

Não brinca nem deixa a gente brincar

Tá louca chamando pra casa

Agora que o samba enfezou

Estou com a turma pra cabeça

Não aborreça, vai que depois eu vou

Tá louca chamando pra casa

Agora que o samba enfezou

Estou com a turma pra cabeça

Não aborreça, vai que depois eu vou

Gastei um dinheirão

Na sua fantasia

E você não sabe aproveitar

E ainda fica empatando

Não brinca nem deixa a gente brincar

E ainda fica empatando

Não brinca nem deixa a gente brincar

E ainda fica empatando

Não brinca nem deixa a gente brincar

E ainda fica empatando

Não brinca nem deixa a gente brincar

E ainda fica empatando

Não brinca nem deixa a gente brincar

 

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NEUZA - NADINHO DA ILHA

NEUZA - NADINHO DA ILHA

(Zinco / Caxambú)

 

Neuza

Dos sonhos meus

Fada encantada

Do meu coração

Não deixarei bater

No rochedo a embarcação

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Lá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá, laiá, laiá

Quanta saudade mora no meu coração

Você partiu deixando a dor

Cruel da minha paixão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Neuza

Neuza

Dos sonhos meus

Fada encantada

Do meu coração

Não deixarei bater

No rochedo a embarcação

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Lá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, laiá, lá, laiá

Lá, lá, laiá, laiá, laiá

Quanta saudade mora no meu coração

Você partiu deixando a dor

Cruel da minha paixão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

Sou um barco perdido

Vivo a navegar

Pelo mar em vão

 

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AÇÃO DE DESPEJO – NADINHO DA ILHA

AÇÃO DE DESPEJO – NADINHO DA ILHA

(Raimundo Quaresma)

 

Segue a fio o meio fio

Pruma o rumo e boa sorte

Se espera o dinheiro do trem

Pode pegar

Se quiser sua parte, não nego

Pode levar

Mas vai o mais depressa que puder

Vai com quem quiser

Se é com Bento ou João

Que me importa com quem você vai

Só quero que vá

Deixa-me em paz

Pra que essa cara de choro

Suas lágrimas não me comovem mais

Foi você quem anulou

Nosso contrato de amor

Me intimou, me obrigou a lhe dar

Ação de despejo

Tantas vezes eu vinha lhe falando

Você nem deu ouvido

Finge arrependida

Nessa não caio mais

Dei minha palavra

Não volto atrás

Mas se precisar de um amigo

Isso pode contar comigo

Você tem sinal verde

Pra passar

Tenho a vida em amarelo

É esperar

Pois se vier em busca de carinhos

Serei vermelho, pode parar

Se um dia, até lá

Por acaso você mudar

Renove o contrato

Pode voltar

Pode voltar

 

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OLHOS DE AZEVICHE - NADINHO DA ILHA

OLHOS DE AZEVICHE - NADINHO DA ILHA

(Jaguarão)

 

Aonde estão

Os olhos de azeviche

Que me olham tanto

Que destruíram Minh ‘alma

Até roubaram-me a calma

O meu coração

Suplica a todo instante

Vive a perguntar

Se aqueles olhos lindos

Não vão me enganar

Eu que vivia feliz sossegado

Jamais havia pensado em novo amor

Surgiram-me então aqueles olhos negros

E meu sentimento transformou

Pergunto ao meu coração sentimental

Se uma aventura a mais não lhe faz mal

Aonde estão

Aonde estão

Os olhos de azeviche

Que me olham tanto

Que destruíram Minh ‘alma

Até roubaram-me a calma

O meu coração

Suplica a todo instante

Vive a perguntar

Se aqueles olhos lindos

Não vão me enganar

Eu que vivia feliz sossegado

Jamais havia pensado em novo amor

Surgiram-me então aqueles olhos negros

E meu sentimento transformou

Pergunto ao meu coração sentimental

Se uma aventura a mais não lhe faz mal

Se uma aventura a mais não lhe faz mal

Aonde estão

 

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SACRIFÍCIO - NADINHO DA ILHA

SACRIFÍCIO - NADINHO DA ILHA

(Mauro Duarte / Maurício Tapajós)

 

E a reza

Amém

E o sacrifício

Amor

Quanto aos trocados

Sem vintém

E no ofício

A mesma dor

E a chama

Acesa

E no peito

Um coração

Com um turbilhão de tristeza

E o resto

Nada

E a família

Bem obrigado como eu

Não sei como ninguém

Ainda não morreu

E a reza

Amém

E o sacrifício

Amor

Quanto aos trocados

Sem vintém

E no ofício

A mesma dor

E a chama

Acesa

E no peito

Um coração

Com um turbilhão de tristeza

E o resto

Nada

E a família

Bem obrigado como eu

Não sei como ninguém

Ainda não morreu

Não sei como ninguém

Ainda não morreu

Não sei como ninguém

Ainda não morreu

Não sei como ninguém

Ainda não morreu

 

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PRAIAS DE PEDRA E PRANTO - NADINHO DA ILHA

PRAIAS DE PEDRA E PRANTO - NADINHO DA ILHA

(Dedé da Portela / Sérgio Fonseca)

 

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar me diz

Sereia do mar, sereia

Cadê os castelos que eu fiz

Nas ondas da tua areia?

Cadê minha infância perdida

Nas praias de pedra e pranto?

O vento varreu com a vida

A sereia guardou no canto?

Sereia

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Senhora da prata e do ouro

Dos reinos de Iemanjá,

No abismo do teu namoro

Mora a mentira do mar

As ondas de teus cabelos

As conchas de teu colar

Guardam o aceno e apelos

Dos que morreram no mar

Sereia

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Senhora da prata e do ouro

Dos reinos de Iemanjá,

No abismo do teu namoro

Mora a mentira do mar

As ondas de teus cabelos

As conchas de teu colar

Guardam o aceno e apelos

Dos que morreram no mar

Sereia

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

Sereia do mar

Sereia do mar, ê, ê, ê

Senhora do mar, ê, ê, á

 

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