BATUQUE NA
COZINHA / PATRÃO PRENDA SEU GADO / PELO TELEFONE – MARTINHO DA VILA
1998 - Martinho da Vila - 3.0 Turbinado ao vivo
(João da Baiana / Donga / Pixinguinha / Mauro Almeida)
“Vamos cantar um dos primeiros sambas gravados no Brasil”.
“Salve a Santíssima Trindade da música popular brasileira”
“Donga, Pixinguinha e João da Baiana”.
É coisa de Deus
Batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Então não vou lá na cumbuca não me espante o rato
Se o branco tem ciúme que dirá o mulato
Eu fui na cozinha pra ver uma cebola
E o branco com ciúme de uma tal crioula
Deixei a cebola, peguei na batata
E o branco com ciúme de uma tal mulata
Peguei no balaio pra medir a farinha
E o branco com ciúme de uma tal branquinha
Então não bula na cumbuca não me espante o rato
Se o branco tem ciúme que dirá o mulato
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Eu fui na cozinha pra tomar um café
E o malandro tá de olho na minha mulher
Mas comigo eu apelei pra desarmonia
E fomos diretos pra delegacia
Seu comissário foi dizendo
Com altivez
É da casa de cômodos da tal Inês
Revistem os dois, bota no xadrez
Malandro comigo não tem vez
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas seu comissário eu estou com a razão
Eu não moro em casa de arrumação
Eu fui apanhar
Meu violão
Que estava empenhado com Salomão
Eu pago a fiança com satisfação
Mas não me bota no xadrez com esse malandrão
Que faltou com respeito a um cidadão
Que é Paraíba do Norte, Maranhão
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Mas o batuque na cozinha Sinhá não quer
Por causa do batuque eu queimei meu pé
Ô patrão
Ô patrão
Ô patrão prenda seu gado
Na lavra tem um ditado
Quem mata gado é jurado
Missa de padre é o latim
Rapaz solteiro é letrado
Em vim preso da Bahia
Só porque foi namorado
Madama Diê, lalá
Samba Ioiô
Samba Iaiá que o dia é vem dona
Samba Ioiô
Samba Iaiá que o dia é vem dona
Eu bem sei
Eu bem sei
Eu bem sei que fui culpado
De vir preso da Bahia
Só porque fui namorado
Já tirei meu passaporte
Meu camarote de proa
Eu aqui não vou ficar
Vou-me embora pra Lisboa senhorita vai ver dona
Samba Ioiô
Samba Iaiá que o dia é vem dona
Samba Ioiô
Samba Iaiá que o dia é vem dona
Ô, Joana, ô Maria,
Saruê pra quem trabalha
No pescoço da cutia
No pavilhão de Atalaia
Era hoje, era ontem, era donte
Era donte, era ontem, era hoje
Sinhazinha mandou me chamar
Corri quatro cantos balão de Iaiá
Balão ê
Balão á
Balão ê
Balão á
Era hoje, era ontem, era donte
Era donte, era ontem, era hoje
Era hoje, era ontem, era donte
Era donte, era ontem, era hoje
O chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar
Que na carioca tem uma roleta para se jogar
O chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar
Que na carioca tem uma roleta para se jogar
Ai, ai, ai
Deixe as mágoas pra trás, ô rapaz
Ai, ai, ai
Fica triste se és capaz e verás
Ai, ai, ai
Deixe as mágoas pra trás, ô rapaz
Ai, ai, ai
Fica triste se és capaz e verás
No escurum tem, no escurum tem...
O chefe da polícia pelo telefone mandou me avisar
Que na carioca tem muitas roletas para se jogar
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