A PROFECIA /
A VOLTA DA GAFIEIRA / VENDAVAL DA VIDA - ALCIONE
Mais cedo ou mais tarde
Você vai voltar
Pedindo, implorando,
Pra lhe perdoar
Confesso que na hora sorri e zombei da sua profecia
Nos braços de Orfeu me perdi na orgia
Andei por aí muitos sambas cantei
Só mais tarde me lembrei
Fiz do meu canto o melhor dos meus versos
Sua profecia
Mas o meu pranto correu quando nasceu o dia
Confesso que chorei
Pelas ruas da desilusão
Vagando com amor em meu coração
Pelas ruas da desilusão
Vagando com amor em meu coração
Dos amigos nem sequer me despedi
E a boemia
Deixar resolvi
Guardei viola no saco e subi o morro pro nosso barraco
Bati na janela chamei amorzinho
A vida é tão bela então vamos viver
Hoje é coisa rara alguém gostar tanto como gosto de você
Assim falei
Meu amor abriu a porta
Voltaste?
Voltei
Hoje é coisa rara alguém gostar tanto como gosto de você
Assim falei
Meu amor abriu a porta
Voltei
Olha eu aí
Levantando a minha bandeira
Levantando poeira
Eu sou a gafieira
Bem à brasileira
Olha eu aí
Levantando a minha bandeira
E levantando poeira
Eu sou a gafieira
Vou sorrindo
Com o meu interior
Chorando
Amargando o meu viver
Sofrido
E assistindo o que se vai
Passando e vou resistindo
Resistindo
Bo meu posto o vendaval
Da vida
Aplaudindo a quem já vai
Subindo
Amparando a quem já vem
Caindo
Quantos risos de falsa alegria
Paraíso sem nenhum valor
Lutas pelo pão de cada dia
Sustentando a morte do amor
Mas vou sorrindo
Vou sorrindo
Com o meu interior
Chorando
Amargando o meu viver
Sofrido
Aplaudindo a quem já vai
Subindo
Amparando a quem já vem
Caindo
Aplaudindo a quem já vai
Subindo
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