Resumo dos samba-rock

domingo, 8 de outubro de 2023

BANHO DE FELICIDADE / MORRENDO DE SAUDADE / A CARA DO BRASIL / AGONIZA, MAS NÃO MORRE

BANHO DE FELICIDADE / MORRENDO DE SAUDADE / A CARA DO BRASIL / AGONIZA, MAS NÃO MORRE

(Casa da Mãe Joana – 1998)

 

Banho de Felicidade - Wilson Moreira / Nelson Sargento

(Wilson Moreira / Adalto Magalha)

Morrendo de Saudade - Wilson Moreir a/ Nelson Sargento

(Wilson Moreira / Nei Lopes)

A Cara Do Brasil - Wilson Moreira / Nelson Sargento

(Nelson Sargento / Arturo Oliveira)

Agoniza Mas Não Morre - Wilson Moreira / Nelson Sargento

(Nelson Sargento)

 

Pra tomar um banho de felicidade

É só chegar nos pagodes da cidade

Ponto de encontro

Com os pagodeiros

E com alegria

Pelo reencontro

No partido alto ao samba de terreiro

Venha conhecer o samba verdadeiro

Tudo isto nos pagodes da cidade

Estou morrendo de saudade

Estou morrendo de saudade

De um tempo feliz que passou e eu não vi

Gosto de manhã, de sapoti

Carícias no ar

Um colibri

Samambaias na varanda

Tudo isso passou, perdi

Samambaias na varanda

Tudo isso passou, perdi

Quando o manto da noite cai sobre a cidade

Que saudade

E quando a passarada anuncia a alvorada

Que saudade

Arde tanto o coração

Que me causa impressão

Que eu tenho o peito em chamas

A saudade é um punhal

Cravado até o final

No peito de quem ama

Mangueira é mesmo a cara do Brasil

Por tudo aquilo que acontece

É diferente do que se previu

É diferente do que parece

É diferente do que parece

Ir pra Índia Cabral

Queria, mas acabou na Bahia

Em onde se plantando tudo dá

Só que não deixam plantar

Quem fez a independência nacional

Foi o herdeiro do trono

Em Portugal

O império era a maior democracia

E a república,

Que baixaria

O favelado é o milagre brasileiro

Que sem ter dinheiro

Faz sempre carnaval

Em fevereiro

Na Mangueira continua a confusão

Cartola usava mesmo chapéu-coco

Carlos Cachaça bebe água mineral

Nelson Sargento de milico tem um pouco

E o Preto Rico nunca teve capital

Delegado jamais prendeu um só

Mocinha há muito tempo é bisavó

Pelado era peludo pra chuchu

O Hélio Turco nasceu mesmo em Grajaú

Mangueira é mesmo a cara do Brasil

Laiá, lá

Lá, laiá, laiá, laiá, lá

Laiá, laiá, laiá, laiá

Lá, laiá, laiá, laiá

Samba

Inocente, pé no chão

A fidalguia do salão te abraçou te envolveu

Mudaram toda a sua estrutura

Te impuseram outra cultura

E você não percebeu

Lá, laiá, laiá, laiá

 

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