BANHO DE FELICIDADE / MORRENDO DE SAUDADE / A CARA DO BRASIL / AGONIZA, MAS NÃO MORRE
(Casa da Mãe Joana
– 1998)
Banho
de Felicidade - Wilson Moreira / Nelson Sargento
(Wilson Moreira / Adalto Magalha)
Morrendo
de Saudade - Wilson Moreir a/ Nelson Sargento
(Wilson Moreira / Nei Lopes)
A
Cara Do Brasil - Wilson Moreira / Nelson Sargento
(Nelson Sargento / Arturo Oliveira)
Agoniza
Mas Não Morre - Wilson Moreira / Nelson Sargento
(Nelson Sargento)
Pra tomar um banho
de felicidade
É só chegar nos
pagodes da cidade
Ponto de encontro
Com os pagodeiros
E com alegria
Pelo reencontro
No partido alto ao
samba de terreiro
Venha conhecer o
samba verdadeiro
Tudo isto nos
pagodes da cidade
Estou morrendo de
saudade
Estou morrendo de
saudade
De um tempo feliz
que passou e eu não vi
Gosto de manhã, de
sapoti
Carícias no ar
Um colibri
Samambaias na
varanda
Tudo isso passou,
perdi
Samambaias na
varanda
Tudo isso passou,
perdi
Quando o manto da
noite cai sobre a cidade
Que saudade
E quando a
passarada anuncia a alvorada
Que saudade
Arde tanto o
coração
Que me causa
impressão
Que eu tenho o
peito em chamas
A saudade é um
punhal
Cravado até o final
No peito de quem
ama
Mangueira é mesmo a
cara do Brasil
Por tudo aquilo que
acontece
É diferente do que
se previu
É diferente do que
parece
É diferente do que
parece
Ir pra Índia Cabral
Queria, mas acabou
na Bahia
Em onde se
plantando tudo dá
Só que não deixam
plantar
Quem fez a
independência nacional
Foi o herdeiro do
trono
Em Portugal
O império era a
maior democracia
E a república,
Que baixaria
O favelado é o
milagre brasileiro
Que sem ter
dinheiro
Faz sempre carnaval
Em fevereiro
Na Mangueira
continua a confusão
Cartola usava mesmo
chapéu-coco
Carlos Cachaça bebe
água mineral
Nelson Sargento de
milico tem um pouco
E o Preto Rico
nunca teve capital
Delegado jamais
prendeu um só
Mocinha há muito
tempo é bisavó
Pelado era peludo
pra chuchu
O Hélio Turco
nasceu mesmo em Grajaú
Mangueira é mesmo a
cara do Brasil
Laiá, lá
Lá, laiá, laiá,
laiá, lá
Laiá, laiá, laiá,
laiá
Lá, laiá, laiá,
laiá
Samba
Inocente, pé no
chão
A fidalguia do
salão te abraçou te envolveu
Mudaram toda a sua
estrutura
Te impuseram outra
cultura
E você não percebeu
Lá, laiá, laiá,
laiá
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