(Binha / Djalma Sabiá / Geraldo Babão)
Vivia no litoral africano
Uma régia tribo ordeira
Cujo rei era símbolo
De uma terra laboriosa e hospitaleira
Um dia
Esta tranquilidade sucumbiu
Quando os portugueses
Invadiram
Capturando homens
Para fazê-los escravos no Brasil
Na viagem agonizante
Houve gritos alucinantes
Lamentos de dor
Ô, ô, ô
Adeus Baobá
Ô, ô, ô
Ô, ô, ô
Adeus meu Bengo
Eu já vou
Ao longe
Minas jamais ouvia
Quando o rei mais confiante
Jurou à sua gente
Que um dia os libertaria
Chegando ao Rio de Janeiro
No mercado de escravos
Um rico fidalgo os comprou
Para Vila Rica
Os levou
Chegando ao Rio de Janeiro
No mercado de escravos
Um rico fidalgo os comprou
Para Vila Rica
Os levou
A ideia do rei foi genial de esconder o pó de ouro entre os cabelos
Assim fez seu pessoal
Todas as noites quando das minas regressavam
Iam à igreja e suas cabeças banhavam
Era o ouro depositado na pia
E guardado em outro lugar com garantia
Até completar a importância
Para comprar suas alforrias
Foram libertos cada um
Por sua vez
E assim
Foi que o rei
Sob o sol da liberdade trabalhou
E um pouco de terra ele comprou
Descobrindo ouro enriqueceu
Escolheu o nome de Francisco
Ao catolicismo
Se converteu
No ponto mais alto da cidade, Chico Rei
Com seu espírito de luz
Mandou construir uma igreja
A denominou
Santa Efigênia do Alto da Cruz
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