ENQUANTO HOUVER MANGUEIRA / LÁ EM MANGUEIRA /
MUNDO DE ZINCO – CLEMENTINA DE JESUS & ODETTE AMARAL
Pode a favela acabar
Pode o Salgueiro emudecer
Enquanto houver o sangue para Mangueira
Meu samba não vai morrer
Até a chuva nos telhados de Mangueira
Parece a voz dos tamborins
E do gingado da cabrocha quando anda
A gente olha e vê o samba
Pode a favela acabar
Pode o Salgueiro emudecer
Enquanto houver o sangue para Mangueira
Meu samba não vai morrer
Meu samba não vai morrer
Lá em Mangueira
Aprendi a sapatear
Lá em Mangueira
É que o samba tem seu lugar
Foi lá no morro
Um luar e um barracão
Lá gostei de alguém
Que me tratou bem
Eu dei o meu coração
Lá em Mangueira
Aprendi a sapatear
Lá em Mangueira
É que o samba tem seu lugar
Foi lá no morro
Um luar e um barracão
Lá eu gostei de alguém
Que me tratou bem
Eu dei meu coração
No morro a gente vive a vida que quer
No morro a gente gosta de uma mulher
E quando a gente desce o morro e vem embora
Quase sempre chora
E chora, chora.
Lá em Mangueira
Aprendi a sapatear
Lá em Mangueira
É que o samba tem seu lugar
Foi lá no morro
Um luar e um barracão
Lá eu gostei de alguém
Que me tratou bem
Eu dei meu coração
Aquele mundo visível que é Mangueira
Desperta com o apito do trem
Mas cabrocha uma estrela
Um barracão de madeira
Qualquer malandro em Mangueira tem
Aquele mundo visível que é Mangueira
Desperta com o apito do trem
Mas cabrocha uma estrela
Um barracão de madeira
Qualquer malandro em Mangueira tem
Mangueira fica pertinho do céu
Mangueira vai assistir o meu fim
Mas deixo o nome na história
O samba foi minha glória
E sei que muita cabrocha
Vai chorar por mim
Aquele mundo visível que é Mangueira
Desperta com o apito do trem
Mas cabrocha uma estrela
Um barracão de madeira
Qualquer malandro em Mangueira tem
Aquele mundo visível que é Mangueira
Desperta com o apito do trem
Mas cabrocha uma estrela
Um barracão de madeira
Qualquer malandro em Mangueira tem
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