SAMBA
NA TENDINHA / JÁ CLAREOU / ESKINDÔ LELÊ / OLHA HORA MARIA - CANDEIA
Samba de Roda - 1975
Saio de casa
E vou pra rua
A noite está
Pra violão e,
Olho pro céu
Sinto que a lua
Zomba
Da minha
Solidão
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver?
Cadê?
Vai
É mania,
Mas o que posso fazer?
Bonito, gente!
Pois sem ela
Cadê vida pra viver?
Pra mim, pra mim!
Então bebo um trago lá na
tendinha
Cantando um samba
Da Portela
Portela querida
O sabor ardente da cachacinha
Me lembra o doce
Beijo dela
Diz
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver
Eu quero ver, quero ouvir.
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver, cadê?
A felicidade
Do meu barraco
Ela levou
Ao me deixar, e,
Até a corda
Do meu cavaco
Arrebentou
Pra não chorar
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver, cadê?
Diz, diz, diz
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver, cadê?
Olha que eu disse a você
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver, cadê?
Eu já disse a você
É mania,
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver, cadê?
Eu falei pra você
Segura gente!
Deixa pra mim!
Vou clarear esse pagode!
Alô Pernambuco!
Fala Cardoso!
Segura o som!
Doutor
Vambora!
Já clareou
Já clareou
Portela
Eu voltei pro meu amor
E já clareou
Já clareou
Já clareou
Clareou, clareou
Portela eu voltei pro meu amor.
Deixa pra mim
Volta a corda pra caçamba
Volta o padre pra capela
Volta o luar para a lua
A jangada para a vela
O remador pra canoa
O parafuso pra arruela
E já clareou
Já clareou,
Já clareou.
Clareou, clareou.
Portela, eu voltei pro meu amor.
Ah, já clareou.
Já clareou,
Já clareou.
Clareou, clareou.
Portela, eu voltei pro meu amor.
Andei batendo cabeça
Reco-reco e tamborim
Eu bati você bateu
Mas a magoa chega ao fim
O rio voltou para o mar
Você voltou para mim
Mas já clareou
Já clareou,
Já clareou.
Clareou, clareou.
Portela, eu voltei pro meu amor.
Ah, veja que clareou.
Já clareou,
Já clareou.
Portela, eu voltei pro meu amor.
Quem fala tem água na boca
Quer ficar no meu lugar
Bom malandro não dorme de touca
Não dá papa a Zé Mané
Você voltou para mim
Voltou o garfo pra colher.
Olha já clareou
Já clareou (lindo, lindo, lindo),
Já clareou
Simbora Bahia vai.
Portela, eu voltei pro meu amor.
Ah e já clareou
Já clareou,
Já clareou.
Clareou, clareou.
Portela, eu voltei pro meu amor.
E simbora, meu Deus.
Olha aí, gente!
Esse pagode vai pra São Paulo!
E salve a Mocidade!
Salve!
Gente boa!
Deixa pra mim!
Eu vou levar
Faz um Dó Maior pra mim aí!
Vou mudar
Vou mudar o partido
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Mas eu juro que não.
Provar (simbora) que não tem
veneno (segura gente)
Que não tem veneno, não, pode
provar.
E o feijão que o mestre preparou
naquela sexta-feira
Eu provei todo mundo provou, meu
amor.
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno (no
gogó, no gogó, vai)
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Eu provei e gostei
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
E melado que a tia guardou está
na compoteira
Eu provei todo mundo provou meu
amor
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Eu provei e gostei.
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
E o pudim que Maria guardou
dentro da geladeira
Eu provei todo mundo provou meu
amor.
Você não vai ser a primeira
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Eu provei e gostei.
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Tu me deste eu comi, repeti a
salada de nabo.
Mas quero escorregar, meu amor,
na baba deste teu quiabo.
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Diga
Provar que não tem veneno
Que não tem veneno, não, pode
provar.
Para um pouquinho aí
Escuta só o som
O Carlinho no surto não tá fácil,
hein?!
Vou embora, hein?!
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
Oi ouvi quero ver
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
Boa noite sinhazinha
Boa noite ó sinhá
O eskindô lelê
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
Boa noite meu senhor
Eu já vou me retirar
O eskindô lelê
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O eskindô lelê
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
Veja só
Menina de quinze anos
Querendo me namorar
O eskindô lelê
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O ekquindô, eskindô, eskindô
O eskindô lelê
Outra vez esquindô lalá
Isto é rabo de foguete
Mas que eu não vou segurar
O eskindô lelê
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
Vou-me embora pra bem longe
Pra saudar meu orixá
O eskindô lelê
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
O eskindô lelê
Outra vez eskindô lalá
Vou-me embora, vou-me embora,
Lá pra Jacarepaguá
Vai segura o pagode que eu vou
mandar outra brasa
Que eu vou cantar pra subir
Vou dizer meu adeus
Vou dizer:
Olha a hora Maria
Ô Maria a hora
Olha a hora Maria
Vou com Deus, Nossa Senhora
Olha a hora Maria
Ô, ô, ô, Maria a hora
Olha a hora Maria
E vou levar minha viola
Olha a hora, Maria.
Ô, ô, ô, ô Maria, é hora.
Olha a hora, Maria.
Galo pra cantar não demora, diz,
gente.
Olha a hora, Maria.
Ô Maria, é hora.
Olha a hora, Maria.
E já vem romper da aurora
Olha a hora, Maria.
Ô, ô, ô, ô Maria, é hora.
Olha a hora, Maria.
Chora benzinho, não chora.
Diz
Olha a hora, Maria.
Ô Maria, é hora.
Olha a hora, Maria.
Candeia já vai embora
Olha a hora, Maria.
Ô, ô, ô, ô Maria, é hora.
Diz gente!
Olha a hora, Maria.
E quem perdeu é que chora
Olha a hora, Maria.
Ô, ô, ô, ô Maria, é hora.
Olha a hora, Maria.
Vou para Juiz de Fora
Letrasdesambarock.blogspot.com.br
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