O
CAMINHO DO SAMBA – TRIO PAGÃO E ESCOLA DE SAMBA
O Caminho do Samba (Ainda Sem Compositor)
Eu Não Sou o Que Ela Pensou (Jorginho Pessanha / Setembrino Coutinho)
Alô, amigos
Sou o ritmo mais popular de um
grande país.
E o meu nome é samba
Sou muito conhecido hoje em dia
em todo o mundo
Mas poucos sabem a minha história
Pois bem.
Vou contar-lhes um pouco de mim.
Nasci no século dezesseis
Na época da colonização na minha
terra.
Sou originário do batuque
africano
Minha etimologia é muito
discutida
Alguns acreditam que sou a
reverência
Com que o dançarino faz convite
A um dos componentes da roda
Outros me atribuem origem tupi
Significando “cadeia feita de
mãos dadas”
Há quem acredite
Que derivo da existência de
palavra em dialetos africanos
Significando “culto através da
dança”.
Outros ainda, que eu derivo de
“muçamba”
Instrumento africano em forma de
chocalho ou maracas.
Bem...
Vamos deixar a minha etimologia
de lado.
Vivo em um país na América do Sul
E faço parte de um povo alegre
De coração nobre
De um povo cordial e feliz
Que o receberá verdadeiramente
De braços abertos.
Um povo que vive em uma terra
fértil
De clima ameno
Onde o sol brilha durante doze
meses
Onde suas praias de areias
brancas
São banhadas pelas águas azuis
Do oceano atlântico
Enfim, vivo em um país em eterna
primavera.
Sou da terra do café, algodão,
cacau, borracha,
E pedras preciosas.
Sou da terra da vitória régia,
pororoca, Iguaçu,
Copacabana e Brasília.
Sou da terra do uirapuru, tucano,
arara e sabiá.
Sou da terra de Santos Dumont,
Osvaldo Cruz,
Jorge Amado, César Lopes, Oscar
Niemeyer,
Lúcio Costa, Di Cavalcanti e
Portinari.
Sou da terra de Carlos Gomes,
Villa Lobos,
Sérgio Mendes, Carmen Miranda,
Chico Buarque de Holanda, Tom
Jobim,
Roberto Carlos e Elis Regina.
Sou da terra de Pelé.
E para que eu possa ter vida
Preciso de alguns instrumentos de
percussão,
Bastante originais como:
Os chocalhos: uma versão
brasileira das maracas.
O tamborim: uma caixa pequena e
chata
Coberta de um lado com pele e
aberta no outro.
É tocado com uma pequena vareta.
O afoxé: semelhante à maraca,
Porém um pouco maior coberto com
várias fileiras de contas.
É tocado rolando-o contra a palma
da mão.
O agogô: uma série de dois ou
três cones de aço,
De tamanhos diferentes, unidos a
uma vareta longa.
É tocado batendo-se os cones com
uma haste de aço.
O reco-reco: uma prancha de
madeira, cheia de ranhuras,
Como uma tábua de esfregar roupa.
E é tocado deslizando-se uma
vareta,
Para cima e para baixo.
O pandeiro: é equivalente ao
tamborim.
Sendo de forma redonda,
Tendo nas laterais pequenos
pratos de metal.
É tocado com o movimento contínuo
das mãos.
A cuíca: assemelha-se ao bongô.
Dentro do tambor há uma haste de
madeira ligada à pele,
E se estende até a extremidade
aberta.
Toca-se esfregando com força a
haste,
Com um pano úmido.
A frigideira: uma pequena panela
de aço, sem tampa.
Toca-se batendo-se com uma
vareta, também de aço,
No seu fundo.
O ganzá:
Um cilindro de estanho longo e
côncavo,
Cheio de pequenas pedras.
É tocado fazendo-se o mesmo
movimento
De uma coqueteleira.
Agora que vocês já me conhecem
Mais detalhadamente,
Ouça o meu ritmo mais familiar
Como o ritmo de carnaval.
A batucada das escolas de samba.
Sei onde ela mora, mas eu não vou
lá.
Sei na terça-feira onde ela está
Mas eu não vou, eu confesso que
não vou.
Moro no morro, mas não sou o que
ela pensou.
Eu sei
Eu sei onde ela mora, mas eu não
vou lá.
Sei na terça-feira onde ela está
Mas eu não vou, eu confesso que
não vou.
Moro no morro, mas não sou o que
ela pensou.
Moro no morro, mas não sou o que
ela pensou....
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