Resumo dos samba-rock

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

COISAS DO MUNDO, MINHA NEGA - PAULINHO DA VIOLA

COISAS DO MUNDO, MINHA NEGA - PAULINHO DA VIOLA

(Paulinho da Viola)

1976


Hoje eu vim minha nega

Como venho quando posso

Na boca as mesmas palavras

No peito o mesmo remorso

Nas mãos a mesma viola

Onde gravei o teu nome

Nas mãos a mesma viola

Onde gravei o teu nome

Venho do samba há tempo, nega

Vim parando por aí

Primeiro achei Zé Fuleiro

Que me falou de doença

Que a sorte nunca lhe chega

E está sem amor e sem dinheiro

Perguntou se eu não dispunha

De algum que pudesse dar

Puxei então da viola

Cantei um samba pra ele

Foi um samba sincopado

Que zombou do seu azar

Hoje eu vim minha nega

Andar contigo no espaço

Tentar fazer em teus braços

Um samba puro de amor

Sem melodia ou palavra pra não perdeu o valor

Sem melodia ou palavra pra não perdeu o valor

Depois encontrei seu Bento, nega

Que bebeu a noite inteira

Estirou-se na calçada

Sem ter vontade qualquer

Esqueceu do compromisso

Que assumiu com a mulher

Não chegar de madrugada

E não beber mais cachaça

Ela fez até promessa

Pagou e se arrependeu

Cantei um samba pra ele

Que sorriu e adormeceu

Hoje eu vim minha nega

Querendo aquele sorriso

Que tu entregas pro céu

Quando eu te aperto em meus braços

Guarda bem minha viola, meu amor e meu cansaço

Guarda bem minha viola, meu amor e meu cansaço

Por fim eu achei um corpo, nega

Iluminado ao redor

Disseram que foi bobagem

Um queria ser melhor

Não foi amor nem dinheiro

A causa da discussão

Foi apenas um pandeiro

Que depois ficou no chão

Não tirei minha viola

Parei, olhei, vim-me embora

Ninguém compreenderia um samba naquela hora

Hoje eu vim minha nega

Sem saber nada da vida

Querendo aprender contigo

A forma de se viver

As coisas estão no mundo

Só que eu preciso aprender

As coisas estão no mundo

Só que eu preciso aprender

As coisas estão no mundo

Só que eu preciso aprender


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