Resumo dos samba-rock

quarta-feira, 30 de abril de 2025

CAXAMBU - ALMIR GUINÉTO

CAXAMBU - ALMIR GUINÉTO

(Jorge Neguinho)

Almir Guinéto - 1986

 

Olha vamos na dança do Caxambu

Saravá, jongo, saravá

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

Dona Celestina me dá água pra beber

Se você não me der água vou falar mal de você

Deu meia noite o galo já cantou

Na igreja bate o sino é na dança do jongo que eu vou

Deu meia noite o galo já cantou

Na igreja bate o sino é na dança do jongo que eu vou

Olha vamos na dança do Caxambu

Saravá, jongo, saravá

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

Carreiro novo que não sabe carrear

O carro tomba o boi fica no lugar

Carreiro novo que não sabe carrear

O carro tomba o boi fica no lugar

Olha vamos na dança do Caxambu

Saravá, jongo, saravá

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

Quem nunca viu vem ver

Caldeirão sem fundo ferver

Quem nunca viu vem ver

Caldeirão sem fundo ferver

Olha vamos na dança do Caxambu

Saravá, jongo, saravá

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

Dona Celestina me dá água pra beber

Se você não me der água vou falar mal de você

Deu meia noite o galo já cantou

Na igreja bate o sino é na dança do jongo que eu vou

Deu meia noite o galo já cantou

Na igreja bate o sino é na dança do jongo que eu vou

Olha vamos na dança do Caxambu

Saravá, jongo, saravá

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

Carreiro novo que não sabe carrear

O carro tomba o boi fica no lugar

Carreiro novo que não sabe carrear

O carro tomba o boi fica no lugar

Olha vamos na dança do Caxambu

Saravá, jongo, saravá

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

Engoma meu filho que eu quero ver

Você rodar até o amanhecer

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

O tambor tá batendo é pra valer

É na palma da mão que eu quero ver

Quem nunca viu vem ver

Caldeirão sem fundo ferver

Quem nunca viu vem ver

Caldeirão sem fundo ferver

 

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CAPOEIRA - J. B. DE CARVALHO

CAPOEIRA - J. B. DE CARVALHO

(Walter Tourinho / Guará / J. B. de Carvalho)

1961

 

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

Pois é de freguesia

E acabei com a valentia

Do malandro do lugar

Você veste calça branca

Mas vou lhe desenganar

Você veste calça branca

Mas vou lhe desenganar

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

Pois é de freguesia

E acabei com a valentia

Do malandro do lugar

Você veste calça branca

Mas vou lhe desenganar

Você veste calça branca

Mas vou lhe desenganar  

Eu sou filho de umbanda

Meu avô era pajé

Tenho sangue de guerreiro

Nem você não pode sequer

Vou dar um rabo-de-arraia

Pra você ver como é

Vou dar um rabo-de-arraia

Pra você ver como é

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

Capoeira toma sentido

Capoeira toma sentido

Que eu vou lhe derrubar

Que eu vou lhe derrubar

 

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segunda-feira, 28 de abril de 2025

SONHANDO ACORDADO - ATHAYDE DIAS

SONHANDO ACORDADO - ATHAYDE DIAS

(Bené Machado)

1970

 

Ser elegante é uma coisa que eu sempre desejei

Em ver meu nome na coluna social

E o colunista

Referindo-se à minha pessoa

"Embarca amanhã pra Lisboa o banqueiro Fulano de Tal"

Mas ser elegante é uma coisa que eu sempre desejei

Em ver meu nome na coluna social

E o colunista

Referindo-se à minha pessoa

"Embarca amanhã pra Lisboa o banqueiro Fulano de Tal"

Mas acontece

Que meu caso é viver de ilusão

Sonhar acordado num quarto fechado do meu barracão

O banco que eu tenho está no jardim e não guarda dinheiro

Por isso é que eu não posso ser elegante nem ir ao estrangeiro

É

Ser elegante é uma coisa que eu sempre desejei

Em ver meu nome na coluna social

E o colunista

Referindo-se à minha pessoa

"Embarca amanhã pra Lisboa o banqueiro Fulano de Tal"

Mas acontece

Que meu caso é viver de ilusão

Sonhar acordado num quarto fechado do meu barracão

O banco que eu tenho está no jardim e não guarda dinheiro

Por isso é que eu não posso ser elegante nem ir ao estrangeiro

 

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sábado, 26 de abril de 2025

CHAVE DE CADEIA - MOREIRA DA SILVA

CHAVE DE CADEIA - MOREIRA DA SILVA

(Moreira da Silva / Geraldo Gomes)

 

Vamos, não me faça desacato

Gosto das coisas claras, não vê que sou bom mulato

Vive me malhando

Não sou palhaço

Vou mandar tirar seu nome tatuado no meu braço

Aquele terno branco

Que eu dei duro pra fazer

Você botou no "prego" e a cautela foi vender

O relógio de ouro

Não estava perdido

Só agora descobri que também foi vendido

Pode "se abrir" da minha malandragem

Conte a todo mundo como eu fiquei

Está tirando a desforra

Da dezena de palhaços que eu marretei

Você

É uma chave de cadeia

Me faz a ceia pra depois propalar

Você sabia que eu era da orgia

Quem entra na chuva é pra se molhar

Pode "se abrir" da minha malandragem

Conte a todo mundo como eu fiquei

Está tirando a desforra

Da dezena de palhaços que eu marretei

Você, mulher,

É uma chave de cadeia

Me faz a ceia pra depois propalar

Você sabia que eu era da orgia

Quem entra na chuva é pra se molhar

Vão bora que aí vem chuva

Me dá um guarda-chuva, uma galocha...

 

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

TIRA OS ÓCULOS E RECOLHE O HOMEM - MOREIRA DA SILVA

TIRA OS ÓCULOS E RECOLHE O HOMEM - MOREIRA DA SILVA

(Jards Macalé / Moreira da Silva)

2006

 

Estava deitado no meu apartamento

Dormindo tranquilamente entregue aos braços de Morfeu

Quando chegou um fariseu 

Um só não

Eram uns dez ou vinte, espadaúdos, homens que nos davam a impressão

De terreno de dez de frente por vinte e quadro de fundos

Que foi dizendo levanta que está na hora

A hora é esta vamos logo, sem demora

Fiquei atônito e liguei pra o morengueira

Que estava hospedado naquele mesmo hotel

E fui dizendo, oh! Kid venha cá

O homem quer me conversar

Eu vou cumprir com o seu papel

É seu destino, está escrito lá no céu

A esta altura pobre do meu coração .

Lá embaixo me esperava

De porta aberta um camburão

E lá foi eu com meu irmão Moreira

Fomos cantando levando a brincadeira

E lá chegando já na delegacia

Fomos adentrando pensando estar tudo bem

Mas o delegado estava de mal humor

Senti na sua fala logo, logo aquele horror

Não entendendo não era bem isso que eu queria

Ao invés de uma quente, fui entrando numa fria

Quis apelar para o bom senso do delegado

Ele não atendeu, você vai ser é enquadrado

Mete logo, recolhe o homem

Feche o cadeado 

Incomunicabilidade com ele

Ficha e tira o retratinho

Dezoito por vinte e quatro

Data e bota e bota o número embaixo

Me recolheram e era um carafalso

Meu quartinho parecia um protótipo de um conjugado water close

Quelque chose

Apelei pelo Moreira

E as mães dos orixás

De frente veio Ogum

Com ele Oxóssi e Oxalá

Vieram os três pra me salvar

Não sou vidente, mas senti algo bem normal

Eram os meus protetores que já estavam juntos a mim

Lá pelas tantas abriram o cadeado

Fi levado para baixo

Já lá estava o advogado, que diz: 

Vamos embora que esse ar está empesteado

Vamos pegar a ecologia lá fora

Tudo verdinho, tudo bem 

Sai da carceragem, fui direto pro trabalho

Sustentar minha família

E comprar meu agasalho

Encontrei Moreira, toda turma me abraçou

E cantamos tudo aquilo

Que a história não contou

E tá contada a minha história que a maioria não viu

Fiz um minuto de silêncio

Todo o povo me aplaudiu

Modéstia à parte

Sou um homem inocente

Quero que esse delegado

Ha, ha, ha, ha, ha

 

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terça-feira, 22 de abril de 2025

CANTO DO MAR - ALCIONE

CANTO DO MAR - ALCIONE

(Totonho / Paulinho Rezende)

Morte De Um Poeta - 1982

 

Quem vem lá da beira da manhã 

É o dia clareando 

São os olhos de Nanã 

Quem vem lá da beira da manhã 

Iemanjá chegando 

À procura de Iansâ   

Quem vem lá da beira da manhã 

É o dia clareando 

São os olhos de Nanã   

Quem vem lá de tão distante 

Trazendo estrelas na mão 

Um olhar tão verdejante 

E o mar como seu chão   

Não é lua ensolarada 

Nem é sol enluecido 

Essa moça que é chegada 

Traz um sonho adormecido 

Essa moça que é chegada 

Traz um sonho adormecido 

Quem vem lá da beira da manhã 

Iemanjá chegando 

A procura de Iansâ   

Quem vem lá da beira da manhã 

É o dia clareando 

São os olhos de Nanã   

Quem vem lá vem procurando 

No reino verde a verdade 

Que ela soube estar morando 

Numa encantada cidade

Onde areia é ouro em pó 

Onde a vida não termina 

Onde o que se ouve é só 

O canto de Janaína 

Onde o que se ouve é só 

O canto de Janaína   

Quem vem lá da beira da manhã 

Iemanjá chegando 

À procura de Iansâ   

Quem vem lá da beira da manhã 

É o dia clareando 

São os olhos de Nanã  

Quem vem lá vem procurando 

No reino verde a verdade 

Que ela soube estar morando 

Numa encantada cidade   

Onde areia é ouro em pó 

Onde a vida não termina 

Onde o que se ouve é só 

O canto de Janaína 

Onde o que se ouve é só 

O canto de Janaína 

Quem vem lá da beira da manhã 

Iemanjá chegando 

À procura de Iansâ 

Quem vem lá da beira da manhã 

É o dia clareando 

São os olhos de Nanã

 

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