Resumo dos samba-rock

terça-feira, 23 de setembro de 2025

AO REDOR - CLAUDETTE SOARES

AO REDOR - CLAUDETTE SOARES

(Antônio Adolfo / Tibério Gaspar)


Tal e qual

Dois sós

Que buscam em si se encontrar mais

Vamos nós, vem,

Tão repletos de amor,

Sem data e lugar

E ao redor

De nós

O mundo e a multidão vão

Bem mais tão sós

Do que nós eles são

Multisolidão

Leia os jornais

Ligue a TV

Linhas gerais, se vê:

Gente que anda nos ponteiros do seu cativeiro

Gente tão somente gens só

Mas em nós

O amor

Teceu a nossa manhã, vem,

Vamos sós mas,

Tão repletos de amor

Com data e lugar

E ao redor

De nós

O tempo se eternizou, vê,

Vamos nós, vem,

Não seremos tão sós

Eu tenho você

Leia os jornais

Ligue a TV

Linhas gerais, se vê:

Gente que anda nos ponteiros do seu cativeiro

Gente tão somente gens só


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domingo, 21 de setembro de 2025

MESTRE ANTONIO - DÓRIS MONTEIRO

MESTRE ANTONIO - DÓRIS MONTEIRO

De: Elisabeth Sanches (Elizabeth)

1974


Mestre Antônio me dizia

Não se amole sinhazinha

Se o teu bem te abandonar

Outro vem pra compensar

Pois o amor é como o dia

Como noite de luar

Quando o dia acaba um outro

Vem tomar o seu lugar

Quando o dia acaba um outro

Vem tomar o seu lugar

Mestre Antônio estava certo

E eu respeito o que falou

Na escola em que estudou

Muita gente diplomada nem entrou

E disse mais

Que pra viver

A gente tem que aprender a sofrer

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa

Mestre Antônio me dizia

Não se amole sinhazinha

Se o teu bem te abandonar

Outro vem pra compensar

Pois o amor é como o dia

Como noite de luar

Quando o dia acaba um outro

Vem tomar o seu lugar

Quando o dia acaba um outro

Vem tomar o seu lugar

Mestre Antônio estava certo

E eu respeito o que falou

Na escola em que estudou

Muita gente diplomada nem entrou

E disse mais

Que pra viver

A gente tem que aprender a sofrer

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa

Porque se a vida fosse assim tão boa

Ninguém ia mais nascer à toa


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A NEGA E O REBOLADO - DÓRIS MONTEIRO

A NEGA E O REBOLADO - DÓRIS MONTEIRO

(Elizabeth Sanches)

1974


A nega passa

O nego olha

Bendiz a raça

A boca molha

Os olhos seguem

O molho que ela tem

A nega nota

E faz gingado

O nego fica

Mais ouriçado

E diz que hão de ser seus

A nega e o rebolado

A nega passa

O nego olha

Bendiz a raça

A boca molha

Os olhos seguem

O molho que ela tem

A nega nota

E faz gingado

O nego fica

Mais ouriçado

E diz que hão de ser seus

A nega e o rebolado

A nega e o rebolado

A nega e o rebolado

A nega e o rebolado

A nega e o rebolado

A nega e o rebolado

A nega e o rebolado


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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

SOU GENTE HOMEM - OLÉ DO PARTIDO ALTO

SOU GENTE HOMEM - OLÉ DO PARTIDO ALTO

(Aluísio Machado)


Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Sou pequeno, mas não metade

Quem é grande não é dois

Se tiver que ser agora

Eu não deixo pra depois

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Abre a roda, vou mostrar

Dou aula de capoeira

Também toco berimbau

Eu não corro de rasteira

Mato a cobra e mostro o pau

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Olha, eu sou gente homem

Foi assim que eu nasci

Se não sabe mastigar

Inteiro tem que engolir

Quem achar que estou errado

O negócio é conferir

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Gente, eu não sou da Bahia

Nem carrego patuá

Mas meu santo é muito forte

Quem deseja minha morte

Vai me ver é triunfar

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou

Não vim aqui

Pra brigar, eu não sinhô

Mas se estavas procurando

Podes crer já encontrou


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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

MEU NOVO SAPATO - PAULINHO DA VIOLA

MEU NOVO SAPATO - PAULINHO DA VIOLA

(Paulinho da Viola)


Um barato

Meu novo sapato

De salto de aço

Inoxidável

Que sapateia

Que vira latas

Que desacata

Dentro do compasso

É meu sapato

Que rompe as teias

Que se formaram

Sobre as saídas

Sobre as escadas

E as entradas

Sobre as calçadas

Que levam à vida

É meu sapato

Que espanta os ratos

Desperta rotos

De coração

Desgosta certos

Pontos de vista

E desconcerta

É um verdadeiro artista

Não tem orgulho, nem tão pouco tampouco amargura

Está voltado

Para o futuro

Um barato

Meu novo sapato

De salto de aço

Inoxidável

Que sapateia

Que vira latas

Que desacata

Dentro do compasso

É meu sapato

Que rompe as teias

Que se formaram

Sobre as saídas

Sobre as escadas

E as entradas

Sobre as calçadas

Que levam à vida

É meu sapato

Que espanta os ratos

Desperta rotos

De coração

Desgosta certos

Pontos de vista

E desconcerta

É um verdadeiro artista

Não tem orgulho, nem tão pouco tampouco amargura

Está voltado

Para o futuro


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PRA NÃO PADECER - DÓRIS MONTEIRO

PRA NÃO PADECER - DÓRIS MONTEIRO

De: José Carlos de Souza (Dafé) / Wandemberg Dantas de Souza (Wandemberg)


Pensaste em me abandonar

Eu sei

E a vida vai continuar

Assim

Não quero deixar novamente o meu coração doer

Pra não padecer

Não quero deixar novamente o meu coração doer

Pra não padecer

Você reclamava

Que roda de samba

Não tinha futuro, não lhe dava amor

Andava dizendo que meu violão

Era minha desculpa, minha solução

Mas pouco me importa se você não volta

Prefiro meu samba que nunca faltou

A vida é sempre mais vida

Pra quem sabe o que é viver

Pode ir

Faço da mágoa a razão de um novo samba

Te perdoando amor

Se canto um samba

Outro amor eu vou cantando

Pensaste em me abandonar

Eu sei

E a vida vai continuar

Assim

Não quero deixar novamente o meu coração doer

Pra não padecer

Não quero deixar novamente o meu coração doer

Pra não padecer

Você reclamava

Que roda de samba

Não tinha futuro, não lhe dava amor

Andava dizendo que meu violão

Era minha desculpa, minha solução

Mas pouco me importa se você não volta

Prefiro meu samba que nunca faltou

A vida é sempre mais vida

Pra quem sabe o que é viver

Pode ir

Faço da mágoa a razão de um novo samba

Te perdoando amor

Se canto um samba

Outro amor eu vou cantando

Pode ir

Faço da mágoa a razão de um novo samba

Te perdoando amor

Se canto um samba

Outro amor eu vou cantando


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O VELÓRIO DO HEITOR - PAULINHO DA VIOLA

O VELÓRIO DO HEITOR - PAULINHO DA VIOLA

(Paulinho da Viola)


Havia um certo respeito

No velório do Heitor

Todo mundo concordava

Que apesar de catimbeiro

Era bom trabalhador

Houve choro e ladainha

Na sala e no corredor

E por ser considerado

Seu desaparecimento

Muita tristeza causou

Havia um certo respeito

No velório do Heitor

Todo mundo concordava

Que apesar de catimbeiro

Era bom trabalhador

Houve choro e ladainha

Na sala e no corredor

E por ser considerado

Seu desaparecimento

Muita tristeza causou

Quem mais sentiu foi Nair

Que só falava das virtudes do Heitor

E pelos cantos da memória rebuscava

Todo tempo que ao seu lado caminhou

Os amigos mais chegados afirmavam

Que não houvera outro cara tão legal

E muita gente concordou em ajudar

Uma família que ficara

Num desamparo total

Pode-se dizer que aquele velório

Transcorreu na maior tranquilidade

Até o momento em que surgiu aquela dama de preto

Trazendo flores e chorando de saudade

Como ninguém conhecia a personagem

Nair foi tomar satisfação

Aí chamaram até o Osório, que é delegado

Porque o velório virou a maior confusão

Porque simplesmente o velório

Virou a maior confusão

Porque simplesmente o velório

Virou a maior confusão

Meu irmão, vou te contar

Brigou todo mundo

Só faltavam bater no defunto


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DÍVIDAS - PAULINHO DA VIOLA

DÍVIDAS - PAULINHO DA VIOLA

(Paulinho da Viola / Elton Medeiros)

1976


Descendo ladeira abaixo

Numa grande correria

Para ver se não perdia

A primeira condução

Esqueceu de resgatar

Uma conta que devia

A um tal de Oliveira

Marido da Conceição

Que pela mulher pressionado

Foi receber o dinheiro

Só encontrando a inocência

Deu início a discussão

Disse tudo que sentia

Sem medir as consequências

Num bate boca danado

Diante do barracão

Quando ele voltou depois das seis se aborreceu

Sabendo do aperto que a mulher atravessou

E muito magoado saiu sem dizer nada

Achando que o Oliveira esquecera da amizade

E tudo, a bem dizer, por uma nota de dez

Que o outro bem podia dispensar

Mas era fim de mês e na quitanda do Garcez

O Oliveira precisava se explicar

E foi assim que a demanda começou

Não aceitaram argumentos de ninguém

Naquela noite todo morro lamentou

Era menino, mas me lembro muito bem

Descendo ladeira abaixo

Numa grande correria

Para ver se não perdia

A primeira condução

Esqueceu de resgatar

Uma conta que devia

A um tal de Oliveira

Marido da Conceição

Que pela mulher pressionado

Foi receber o dinheiro

Só encontrando a inocência

Deu início a discussão

Disse tudo que sentia

Sem medir as consequências

Num bate boca danado

Diante do barracão

Num bate boca danado

Diante do barracão


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COISAS DO MUNDO, MINHA NEGA - PAULINHO DA VIOLA

COISAS DO MUNDO, MINHA NEGA - PAULINHO DA VIOLA

(Paulinho da Viola)

1976


Hoje eu vim minha nega

Como venho quando posso

Na boca as mesmas palavras

No peito o mesmo remorso

Nas mãos a mesma viola

Onde gravei o teu nome

Nas mãos a mesma viola

Onde gravei o teu nome

Venho do samba há tempo, nega

Vim parando por aí

Primeiro achei Zé Fuleiro

Que me falou de doença

Que a sorte nunca lhe chega

E está sem amor e sem dinheiro

Perguntou se eu não dispunha

De algum que pudesse dar

Puxei então da viola

Cantei um samba pra ele

Foi um samba sincopado

Que zombou do seu azar

Hoje eu vim minha nega

Andar contigo no espaço

Tentar fazer em teus braços

Um samba puro de amor

Sem melodia ou palavra pra não perdeu o valor

Sem melodia ou palavra pra não perdeu o valor

Depois encontrei seu Bento, nega

Que bebeu a noite inteira

Estirou-se na calçada

Sem ter vontade qualquer

Esqueceu do compromisso

Que assumiu com a mulher

Não chegar de madrugada

E não beber mais cachaça

Ela fez até promessa

Pagou e se arrependeu

Cantei um samba pra ele

Que sorriu e adormeceu

Hoje eu vim minha nega

Querendo aquele sorriso

Que tu entregas pro céu

Quando eu te aperto em meus braços

Guarda bem minha viola, meu amor e meu cansaço

Guarda bem minha viola, meu amor e meu cansaço

Por fim eu achei um corpo, nega

Iluminado ao redor

Disseram que foi bobagem

Um queria ser melhor

Não foi amor nem dinheiro

A causa da discussão

Foi apenas um pandeiro

Que depois ficou no chão

Não tirei minha viola

Parei, olhei, vim-me embora

Ninguém compreenderia um samba naquela hora

Hoje eu vim minha nega

Sem saber nada da vida

Querendo aprender contigo

A forma de se viver

As coisas estão no mundo

Só que eu preciso aprender

As coisas estão no mundo

Só que eu preciso aprender

As coisas estão no mundo

Só que eu preciso aprender


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CANTANDO - PAULINHO DA VIOLA

CANTANDO - PAULINHO DA VIOLA

(Paulino da Viola)

1976


Lembra

Daquele tempo

Quando não existia maldade entre nós

Risos

Assuntos de vento

Pequenos poemas que foram perdidos momentos depois

Hoje sabemos

Do sofrimento

Tendo no rosto, no peito e nas mãos uma dor conhecida

Vivemos

Estamos vivendo

Lutando pra justificar nossas vidas

Cantando, um novo sentido, uma nova alegria

Se foi desespero, hoje é sabedoria

Se foi fingimento, hoje é sinceridade

Lutando, que não há sentido de outra maneira

Uma vida não é brincadeira

E só desse jeito é a felicidade

Lembra

Daquele tempo

Quando não existia maldade entre nós

Risos

Assuntos de vento

Pequenos poemas que foram perdidos momentos depois

Hoje sabemos

Do sofrimento

Tendo no rosto, no peito e nas mãos uma dor conhecida

Vivemos

Estamos vivendo

Lutando pra justificar nossas vidas

Cantando, um novo sentido, uma nova alegria

Se foi desespero, hoje é sabedoria

Se foi fingimento, hoje é sinceridade

Lutando, que não há sentido de outra maneira

Uma vida não é brincadeira

E só desse jeito é a felicidade

Lembra

Daquele tempo

Quando não existia maldade entre nós

Risos

Assuntos de vento

Pequenos poemas que foram perdidos momentos depois

Hoje sabemos

Do sofrimento

Tendo no rosto, no peito e nas mãos uma dor conhecida

Vivemos

Estamos vivendo

Lutando pra justificar nossas vidas

Laiá, laiá…


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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

EU NÃO SOU O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO - PAULO SÉRGIO

EU NÃO SOU O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO - PAULO SÉRGIO

(Paulo Sérgio / Maurileno)


Nunca mais vou ficar esperando

A lição você vai aprender

Tudo fiz, mas já não posso e nem quero repetir

Pra mim você não vai mais existir, não, não

Eu não sou o que você está pensando

Muito embora sinta pena de você

Quero ver você chorar

Quero ver você sofrer

Só assim você vai me compreender

Ah! Nunca mais vou ficar esperando

A lição você vai aprender

Tudo fiz, mas já não posso e nem quero repetir

Pra mim você não vai mais existir, não, não

Eu não sou o que você está pensando

Muito embora sinta pena de você

Quero ver você chorar

Quero ver você sofrer

Só assim você vai me compreender


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JOÃO GAMADÃO - DÓRIS MONTEIRO

JOÃO GAMADÃO - DÓRIS MONTEIRO

(Nilson Pereira)


Use a cabeça João

Ouça o que digo, irmão

Vive parado, tão desolado, moral pelo chão

Pensando nela, João

Vivendo pra ela, João

E ela por sua vez nem liga pra você

Tome tenência então

Dirija seu coração

Mude seu rumo pra ver

Saia pra outro querer

Quanto se vive, quanto se aprende

Moeda que não circula não rende

Você fez verso pra ela

Ela não fez seu papel, João

Cabeça não é somente pra usar chapéu

Pensando nela, João

Vivendo pra ela, João

E ela por sua vez nem liga pra você

Tome tenência então

Dirija seu coração

Mude seu rumo pra ver

Saia pra outro querer

Quanto se vive, quanto se aprende

Moeda que não circula não rende

Você fez verso pra ela

Ela não fez seu papel, João

Cabeça não é somente pra usar chapéu


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